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Triste Árvore

Na aurora ou talvez
No declínio do nosso amor
Gravamos nossos nomes
Numa forma de natureza,
Numa triste, seca,
Mas folhada árvore,

Nela quis eternizar nosso amor,
Porém não sabia eu
Que “nosso amor” talvez
Não existia ou morreria
Tão rápido, tão antes
Da própria natureza
Apagá-la da nossa árvore.

E gravado um dia encontrei
Nossos nomes dentro do coração
Que você rabiscou ainda com emoção,

Numa forma triste, opaca,
Mas ainda se encontrava
Mais intacta do que nós

Lá nossos nomes estavam
Tão juntos, ainda unidos pelo coração
Como que se protegido
Numa gostosa sombra de outono
Tranqüila, tão diferente
Da nossa realidade.

Agora a distância e o esquecimento
É pouco pra nós
Que já não somos dois,
Eu já te apaguei
E talvez você
Nem se lembre que existi,

Mas parada ali olhando
Seu nome e o meu pensei:
-“Como pode tanto amor
Ser derribado por tão pouco?”
Tão rápido, tão frio!

Nem a força da natureza
Ainda apagou os nomes,
Mas amor a muito acabou
Foi, me deixou e nem explicou,

Qual foi meu pior erro,
Qual o motivo do enterro
De um amor tão imenso
Tão curto, porém tão intenso.

Porém só o que há a dizer
Que enquanto durou
Foi bom, pena que algo
Te levou, mesmo você tendo
Jurado que jamais partiria
Pelo menos sem mim não,

E no final de tudo
O que sobrou foi apenas
Seu nome junto ao meu
Abandonados pelo tempo
Numa árvore triste,
Talvez por saber
Que nosso amor existiu

Passou por ali, mas já acabou
Que se foi com as estações
De dentro dos nossos corações
Todo aquele amor!

24-05-2009.

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segunda-feira, dezembro 7, 2009 - 08:29

Ministério da Poesia :

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AlliniedeCastro

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