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Um Pouco De Nada

As lembranças começaram a espreitar através do muro:
Erguido para as deter:

Para lá do horizonte acordam sentimentos,
Autrora recolhidos, esquecidos no passado;
Espreitam, audazes, nas fragilidades dos sofrimentos;
Trazendo, com eles, lágrimas quentes e um olhar cansado...

Um pouco de nada, ferve na agonia do meu coração,
Preenchendo todo o peito num efeverecência desgraçada...
Quero largar;
Só, não encontro razão...
Abandonar! ...
... Como?? ...
- :companheiras da jornada...

Ficam-me os olhos doridos,
Muito mais velhos que a idade;
Reflectindo muito mais do que fadiga...
Com tremura, brilham lágrimas de saudade,
Inevitáveis, pela urgência do olhar que as castiga...

Quero chorar pelo castigo que a lágrima mereça;
Calando-me ao Mundo com toda a serenidade;
Recebendo, esse castigo, como uma voz de sentênça...
Não como um castigo; não; mas,
Como uma recompensa da verdade...

Quero chorar por este aperto de saudade,
Pelas noites infindáveis, rasgadas de escuridão...
Quero jorrar as águas da mocidade,
Perdidas no tempo das peneiras no coração.

Observo as ruas do passado, como um fantasma,
Carregando, nos ombros, um peso de um pouco de nada...
Esquartejando as lembranças, por onde as relegára;
Fazendo delas,enfim, algo do muito que em mim sarára.

***

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quinta-feira, abril 22, 2010 - 23:37

Ministério da Poesia :

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antonioduarte

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