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Alfinetes do sono

Adormecer alfinetes sobre a palma das mãos
enquanto as almofadas de linho e algodão
descansam ao sol de Inverno na praia;
tomar como verdadeiras as memórias
com que me embalaste no berço de madeira
cortada à mais de um século.
.
Nada disso pareceria tão cruel
se a pele não tivesse sido perfurada
e o descanso tranquilo
não tivesse sido interrompido.
.
As ondas invertem o sentido.
As almofadas despiram-se de preconceitos
e mergulharam nas água geladas,
embora se saiba que nem assim
tudo se apagará da minha mente.
.
As marcas nas mãos não cicatrizam,
como a espuma não fica na areia depois da onda
partir para sempre e nunca mais se repetir.
.
São estes alfinetes de dor
que me caem dos olhos,
que me mostram que a vida sem luz
é um quadro sem fundo
onde a raíz das palavras
não pode medir o sono,
nem os alfinetes podem dormir
porque nunca acordaram.

rainbowsky

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quarta-feira, fevereiro 24, 2010 - 23:13

Poesia :

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rainbowsky

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Comentários

imagem de Henrique

Re: Alfinetes do sono

O poeta é infinito e a magia aparece nas palavras naturalmente…

:-)

imagem de MarneDulinski

Re: Alfinetes do sono

TEM COISAS QUE ACONTECEM NA VIDA DA GENTE, QUE A GENTE NUNCA ESQUECE, SÃO COMO ALFINETES NOS PICANDO E NOS LEMBRANDO!
Meus parabéns,
MARNE

imagem de Librisscriptaest

Re: Alfinetes do sono

Gostei muito de o ler, senti-me perdida em imagens e metáforas inteligentes!
"As marcas nas mãos não cicatrizam,
como a espuma não fica na areia depois da onda"
Adorei estes versos!
Beijinho em si
Inês Dunas

imagem de Nanda

Re: Alfinetes do sono

Memórias que nos perturbam o sono e são como alfinetadas.
Beijo
Nanda

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