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Rodapés de Basiléia

Permita-se a experimentar o olor que adormece narinas vivas,
Tão opiáceo no interstício da perda,
Zero no desejo salgado de consumir música.
Cobra o que não se tem,
Não assopra

Olhei-vos quando vós dormistes e sangrastes na madrugada,
Esparramei meu calor quando vos apanhei nas correntes de frios
Longe de agasalhos e puramente vizinhos.

Senhor das madrugadas enferrujadas,
Espelho que não responde rosto nem semblantes.
Será que amamos nossas fugas para trair o que somos?

Foi-se o tempo que tudo mastigava algum mistério,
Tornamo-nos inermes, pacatos
Sem prato
Nem garfo

Tumultuaria o brando e derrubaria todas as aves que equilibram
Tristes céus como em oceanos de cabeça para baixo
Nas anêmonas dos vales esquecidos
Nos montes forjados
No universo inacabado.
Tumultuaria tudo, até tua beleza prenhe de tua eficácia!
Tudo se diz nada, quando não há o que temer.

Derrubaria à pedradas o branco não fosse a treva,
Ajoelharia em falésias glúteas,
Não fosse o distorcido rosto tímido,
Escravo da preguiça e medroso do risco.

Reinaria todos os palácios dos céus,
O poder mais que humano,
Não fosse o gosto de carne
A migalha
Comida em esquinas.

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terça-feira, maio 22, 2012 - 20:22

Poesia :

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Alcantra

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Ficou muito bom... Abraço,

Ficou muito bom...

Abraço, ...)...(@

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