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Entrevista do mês de Outubro de 2011: Ricardo Rodeia
O Ricardo Rodeia é um dos melhores amigos da nossa comunidade. Brinda-nos com a sua presença quer nas belissimas fotografias, quer nos igualmentes belos Poemas que escreve. A Entrevista aguardada...
Que lugar ocupa a Poesia na tua vida?
Existe o “antes” e o “agora”.
Até 2008, gostava de ler esporadicamente poesia.
Tinha deixado a escrita em hibernação, à excepção de meia dúzia de rasuras.
Escritos mentais, imateriais que teimavam em não nascer.
Para parir, foi preciso a disposição, inspiração ou talvez um estado de alma que me fizesse gritar o alfabeto das emoções, razões, ângulos na percepção desta viagem à volta pela vida, pelo mundo, o contacto com os outros… (o parto: “um grito, um papel e uma caneta”)
Agora a poesia tem “Via Verde” (e não pago nada!). Umas vezes as palavras são escolhidas de forma reflexiva. Outras vezes é a poesia que penetra espontaneamente nos meus pensamentos – um fenómeno pré-consciente – já se organiza emocionalmente nessa forma. Aliás, os primeiros poemas nasceram assim. Esse modo pré-consciente de poesia que me chega com forma e conteúdo (corpo e alma) é a que mais me realiza, pois vem de um lugar muito especial (…) – vem sem crítica. A auto-crítica sou eu depois. Tenho o poder de a soltar ou de a encarcerar. Posso ser a censura. Posso aprisionar numa página esquecida de um caderno ou soltar para o mundo (viva a Waf por isso).
Autodeterminação e liberdade – é assim a escrita poética… centrifugação, centriptação, mistura de emoções, razões e sentido estético. Um caos ordenado nas variações e múltiplas interpretações. Possibilidades infindáveis como uma esfera que diverge para todo lado – um sol.
Parece que fui eu que respondi ao “Chamamento” da poesia e não o contrário.
O lugar da minha poesia sou eu. Ela ocupa-me …e eu gosto.
Tinha deixado a escrita em hibernação, à excepção de meia dúzia de rasuras.
Escritos mentais, imateriais que teimavam em não nascer.
Para parir, foi preciso a disposição, inspiração ou talvez um estado de alma que me fizesse gritar o alfabeto das emoções, razões, ângulos na percepção desta viagem à volta pela vida, pelo mundo, o contacto com os outros… (o parto: “um grito, um papel e uma caneta”)
Agora a poesia tem “Via Verde” (e não pago nada!). Umas vezes as palavras são escolhidas de forma reflexiva. Outras vezes é a poesia que penetra espontaneamente nos meus pensamentos – um fenómeno pré-consciente – já se organiza emocionalmente nessa forma. Aliás, os primeiros poemas nasceram assim. Esse modo pré-consciente de poesia que me chega com forma e conteúdo (corpo e alma) é a que mais me realiza, pois vem de um lugar muito especial (…) – vem sem crítica. A auto-crítica sou eu depois. Tenho o poder de a soltar ou de a encarcerar. Posso ser a censura. Posso aprisionar numa página esquecida de um caderno ou soltar para o mundo (viva a Waf por isso).
Autodeterminação e liberdade – é assim a escrita poética… centrifugação, centriptação, mistura de emoções, razões e sentido estético. Um caos ordenado nas variações e múltiplas interpretações. Possibilidades infindáveis como uma esfera que diverge para todo lado – um sol.
Parece que fui eu que respondi ao “Chamamento” da poesia e não o contrário.
O lugar da minha poesia sou eu. Ela ocupa-me …e eu gosto.
Como foi conheceres pessoalmente os rostos por trás dos avatares do WAF?
Tem acontecido espontânea e gradualmente. Graças a vocês, aos eventos, festas e comemorações.
Tendo a empatizar com extrema facilidade com as pessoas com quem me cruzo e partilho experiências de vida. Existe um sentimento de carinho e amizade em especial por alguns deles.
Saliento a amizade do Filipe Melo, o eterno e permanente “Gi” da WAF
Dos avatares na pessoa de ex-Ricardo, Adriana e Daniela, já nem comento, pois conheci primeiro essas pessoas e depois os avatares.
Para além de Poeta és um (excelente) fotógrafo. Fala-nos desta tua faceta.
Obrigado.
A paixão pela fotografia é bem mais antiga que a poesia como forma de comunicação criativa e artística.
O meu pai foi desde sempre um apaixonado pela fotografia – um amante, um amador. Foi com uma Ricoh que me ensinou os primeiros conceitos técnicos da fotografia. Mais tarde herdei dele uma Nikon.
Naquele tempo o disparo era criterioso, pois um rolo não continha, por regra mais que 36 possibilidades de disparo. A revelação e impressão era cara. Facilmente se “estragava” um rolo com experimentações. A vantagem é que havia maior cuidado com pormenores - os planos, ângulos, enquadramentos – até a escolha do rolo fotográfico era pensado para determinados fins - assim se aprendia.
A paixão pela fotografia é bem mais antiga que a poesia como forma de comunicação criativa e artística.
O meu pai foi desde sempre um apaixonado pela fotografia – um amante, um amador. Foi com uma Ricoh que me ensinou os primeiros conceitos técnicos da fotografia. Mais tarde herdei dele uma Nikon.
Naquele tempo o disparo era criterioso, pois um rolo não continha, por regra mais que 36 possibilidades de disparo. A revelação e impressão era cara. Facilmente se “estragava” um rolo com experimentações. A vantagem é que havia maior cuidado com pormenores - os planos, ângulos, enquadramentos – até a escolha do rolo fotográfico era pensado para determinados fins - assim se aprendia.
Ainda em criança, tive o privilégio de folhear as revistas mensais da National Geographic Society norte americanas, que o meu pai assinava desde 1980. Nessa altura, não havia a versão nacional e a revista era um assombro e era incomparável a tudo o que existia por cá.
Talvez por isso, a temática que mais gosto de fotografar é a natureza.
Talvez por isso, a temática que mais gosto de fotografar é a natureza.
Em 1999 fiz um curso de fotografia a P&B pelo IPJ, tendo conhecido o fotografo e artista Jorge Viana Basto com quem continuei a trabalhar sob a sua supervisão até 2000 na sede do Círculo de Veteranos da Banca.
Desde então, nunca mais parei.
Desde então, nunca mais parei.
Sou péssimo a fotografar pessoas, embora considere ser um desafio de futuro.
Vais estrear uma exposição de fotografia no dia 22 de Outubro de 2011 no nosso café Livraria. Podes levantar um pouco o véu?
É fotografia de Natureza.
A estética é um critério sempre presente.
Existem fotos monocromáticas (sépia e P&B) e cor.
Pode criar algum sentimento de estranheza e aversão inicial.
A estética é um critério sempre presente.
Existem fotos monocromáticas (sépia e P&B) e cor.
Pode criar algum sentimento de estranheza e aversão inicial.
Não se trata de uma mera exposição fotográfica, pois propõe-se uma viagem por outros sentidos e não apenas a fotografia e o aspecto visual.
Vai ser criado um ambiente muito especial…
Estão todos convidados desde já.
Todas as fotos que incluem animais foram “caçadas” em espaços naturais. Esse é um ponto de honra. O contacto possível com a vida selvagem.
Procurei criar uma simbiose entre a expressão artística - estética – natureza.
Vai ser criado um ambiente muito especial…
Estão todos convidados desde já.
Todas as fotos que incluem animais foram “caçadas” em espaços naturais. Esse é um ponto de honra. O contacto possível com a vida selvagem.
Procurei criar uma simbiose entre a expressão artística - estética – natureza.
O meu profundo agradecimento pela vossa contribuição.
Fala-nos dos teus projectos futuros...
Podia falar num percurso pensado e bem delineado… não há.
Se conseguisse tirar algumas coisas que já começam a decompor-se no interior das gavetas e trabalhar nelas, seria muito, muito bom.
Fotografar.
Desenvolver a narrativa em prosa. O conto. O romance. A ficção.
Dar mais corpo às ideias que se soltam na poesia.
Fundir imagens com os textos.
Criar mais espaço na minha vida para expandir a arte que sinto.
Se conseguisse tirar algumas coisas que já começam a decompor-se no interior das gavetas e trabalhar nelas, seria muito, muito bom.
Fotografar.
Desenvolver a narrativa em prosa. O conto. O romance. A ficção.
Dar mais corpo às ideias que se soltam na poesia.
Fundir imagens com os textos.
Criar mais espaço na minha vida para expandir a arte que sinto.
Obras marcantes: Sidharta, A Insustentável leveza do ser, O Homem que plantava árvores.
Fonte de inspiração: Vida, natureza, os amigos a família. Todo o prazer que conduza ao ocioso trabalho criativo. “Quando o trabalho é sinónimo de prazer…”
Filme Preferido: Existem muitos preferidos de géneros muito variados. O mais marcante dos últimos tempos foi “O Ilusionista”.
Canção de Eleição: é difícil escolher apenas uma… ultimamente tenho cantado a “Estrela do Mar” de Jorge Palma, no chuveiro.
Uma palavra que me defina: “Amigo.”
O jantar perfeito: já foi. Se é “perfeito” já passou. Pensando em “jantar sublime”: o prazer da partilha a dois, muitas gargalhadas, muitas conversas mudas na troca de olhares, tinto com pelo menos duas castas – Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional. Conquilhas de entrada. Calor ao ar livre. Luz ambiente, quanto baste. Prato principal não é importante desde que esteja em sintonia com o ambiente envolvente. Posição geográfica também não.
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Comentários
Parabéns por uma grande
Parabéns por uma grande entrevista e... também... uma entrevista grande ehehehehehehhe
boa sorte para a tua exposição de pintura.
tudo de bom.
até breve.
Abraço,
Rui Lima
Muito obrigado pelo
Muito obrigado pelo elogio.
Demorei a responder por causa de toda a azáfama que tem sido e tem estado a ser a minha vida nas ultimas semanas.
É um prazer receber a tua atenção.
Só uma "chamada de atenção", já agora:
A exposição que apresentei é de fotografia e não de pintura.
Um grande Abraço,
Ricardo.
PS: Acabo de ver que a fotografia começa a "perseguir-te"... avança aí...
Parabéns Ricardo Rodeia...
O antes e o agora em jorro para o depois!!!
Apesar de te conhecer tão pouco,
antevejo em ti uma pessoa daquelas de quem vale a pena ser amigo.
Gostei da entrevista.
E sim, para além da poesia, brindas-nos também com belas fotos!!!
Sucesso para a exposição, tentarei estar presente...
Abraço
:-)
Será com imensa alegria que
Será com imensa alegria que te receberei, caso possas lá estar.
Contente por gostares da entrevista.
... isto dos sentidos (antes do sentimento) de amizade... a empatia... (e tal...),
tem, sem dúvida " que se lhe diga" ! - pois eu senti essa amizade de que falas.
A amizade antes da Amizade - tenho impressão que entendes o que digo.
Pois é, antes que me esqueça: não é "Correia", é "Rodeia", ah, ah, ah.
Um Abraço.
Ótima concepção a espeito da
Ótima concepção a espeito da poesia.
Abraços,
Alcantra
Muito obrigado.Não é
Muito obrigado.
Não é concepção, é mesmo como me acontece.
Contente por teres gostado.
Um Abraço.
Muito bom
Muito bom poder ler sobre o teu pensar e sentir artísticos.
Inferi, também, alguns aspectos da tua personalidade.
Identifico-me, sobretudo quando referes o "antes" e o "depois".
Abraço
Odete Ferreira
Obrigado. A primeira vez que
Obrigado.
A primeira vez que dei pela tua presença,
foi precisamente na TUA entrevista.
Pensei - olha que pessoa interessante!
Saltou a devoção, sentido de missão, amor pelo que se faz.
Não me esqueci desse sentimento que despontou "Bela pessoa!"
Abraço
Caro Ricardo, Ao "ver-te"
Caro Ricardo,
Ao "ver-te" nesta entrevista, senti profundamente que a persistência compensa... a teimosia nem sempre é defeito (risos... já era merecido!!).
Não sei escrever palavras bonitas, apenas o que sinto: uma admiração imensurável, o vício pelas tuas palavras... a percepção da verdadeira dimensão do quão especial és.
Parabéns e o maior sucesso para a tua exposição.
Pela minha parte, continuarei a "ler-te"... até sempre...
Beijinhos
???? Muito Obrigado por
????
Muito Obrigado por toda a simpatia expressa
em tão gentis palavras.
Espero continuar a merecer essa atenção.
Bjos.