O meu fungar entendido

O meu fungar entendido
Das manhas da chuva que cai
Apontando ao vidro da janela
Não me recolhe as pálpebras,
Não me faz secar as lágrimas do rosto,
Mas dá que pensar.

Braços cruzados num descanso
De quem sabe os dias contados,
Vai-se contorcendo, amargando,
Virando do avesso,
No seu quarto de porta entreaberta
À espera que o medo o abandone.
Silêncio.
A cabeça pesa e vai pendendo
Prá direita, prá direita outra vez,
Que vida?
Quer gritar mas não o faz.
Quer chorar mas chorar de verdade.
Mais silêncio.
E o triste funga mais uma vez,
Ninguém o entende,
Ninguém o vê,
Ninguém o ama.
E ainda por cima,
Vive.

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Miércoles, Febrero 11, 2009 - 08:48

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Lucas

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Re: O meu fungar entendido

Um poema bem escrito, gostei!!! :-)

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