Romeiro
Caminho de
silêncio,
o rio leva
no lombo
uma carga
de quietude
que só periga
com o som
d'algum queixume,
d'alguma prece
em murmúrio
pelas Graças
em perjúrio.
Já deixadas
para o próximo
tempo
de explícito augúrio.
Outro romeiro
navegará rio acima
em busca do milagre
que não veio.
Rio perene
da esperança
que não finda.
Acreditará,
ainda...
Ouve-se o *Bolero,
síntese de Sísifo
que se repete.
Do Homem
que se repete...
* Da obra de Ravel
Submited by
Lunes, Agosto 22, 2011 - 13:25
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1253 reads
Add comment