?
Passei por ti e nem me viste
a minha transparência é
tão imensa que te abraça
em todas as noites que não
têm estrelas, daquelas que
gostas de ver em verões perdidos
e esquecidos, aos quais lhes
roubas o calor para o teu corpo,
que cheiro como a fragrância
perfeita, o odor que me perfuma o
espírito, que abrilhanta os meus
olhos que te olham constantemente
ao longe, como que a
proteger-te do sol que te queima
com os meus desejos, que te ilumina
com as minhas palavras que escrevo
na presença do teu sorriso, onde
vejo a neve deste inverno que me
arrefece as mãos que te escrevem
este poema, que te abraçam, que te
protegem, que te querem abraçar,
que te chamam ao longe. Anda. Vem
para ao pé de mim, traz contigo o
rasgo que te aperfeiçoa a face, que
ilumina o meu caminho quer eu
siga para a direita ou vire para
esquerda. Sim, estou a falar de ti, sou
o vento que te entra pela janela, sou
a corda que saltaste em pequenina,
ou talvez o lápis com que
escreves-te o teu diário, ou então
sou nada à procura de ser, à
procura de algo que me tire a
transparência para que vejas nos
meus olhos o quanto gosto de ti, o
quanto quero que me aqueças.
Provavelmente não existo, provavelmente
não escrevo, serei mera imaginação a escrever?
Uma coisa eu sei, quer escreva quer não
escreva, quer exista, quer não exista,
era assim que te escrevia. E se não
existes, era assim que te amava
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Comentarios
Soberbo poema de
Soberbo poema de amor.
Parabéns e bem-vindo.
As minhas desculpas pela insolência do reparo, que contudo não pude deixar
incólume por considerar importante, assumindo, a julgar pela qualidade e conteúdo da escrita,
que também o seria para si.
Dúvida de conteúdo semântico e de tempo verbal:
que saltas-te em pequenina,
( será: "que saltaste em ..." - ?)
o lápis com que
escreves-te o teu diário
(será: "o lápis com que escreveste ..." - ?)
Um Abraço
Ricardo
Muito obrigado pela correcção
Muito obrigado pela correcção e pelo elogio Ricardo,
um abraço
Paulo Ricardo Teixeira