Vida versus Amor

Viram-se os olhos, e sente-se o peito em palpites invisíveis, de sonhos enraizados no mais profundo oceano, calmo e enganoso, que nos premeia com os seus horrores incomensuráveis de mil e uma criaturas noviças, sem desejo infinito de fazer voltar o pensamento atónito de uma espera sem precedentes, onde os olhos que ombreiam a porta dos significados medonhos do sentido da vida, desfazem-se no seu maior intuito de vingar-se das criaturas do tempo que sonham com a passagem do insólito silêncio à feliz e reprovável confusão do pulsar que enche de quartos, com compartimentos minúsculos, que abarcam todos aqueles que anseiam pelo despertar eloquente da retórica sistemática do pensamento sem destino e olhos perseverantes que brilham no limiar do desespero.

17/08/2010

Blondie