Nem tudo são flores no jardim do imponderável

Nem tudo são flores no jardim do imponderável 

Apesar de tudo, apesar de todos,
apesar das glórias e derrotas,
eu vivo.
Apesar de mim, apesar da força,
apesar do medo e do sofrimento,
eu vivo.

A corda bamba do destino está traçada.

Depois da noite, depois do sonho,
depois do antes e do depois,
eu vivo.
Depois do fim, depois de mim,
depois do sorriso e da lágrima,
eu vivo.

A faca é certeira e o peito está aberto.

Por mais que eu grite, por mais que eu cale,
por mais que eu ande e pare,
eu vivo.
Por mais que eu caia, por mais que eu chore,
por mais que eu coma e beba,
eu vivo.

A vida é simples, complicado é viver.

Além do sol, além do chão,
além do ferimento e da dor,
eu vivo.
Além de mim, além de ti,
além da morte e da vida,
eu vivo.

Nem tudo são flores no jardim do imponderável.