“Para onde não quero olhar”

Passa um e passam dois
Dias passam levemente
Uns de antes, outros depois
Todos contam novamente…
Poderia que fosse o jeito
Passando para a eternidade
Mas não foi;
Foi de repente
Um pesadelo, ou maldade…
Quando passou pelo peito
Só olhos para não ligar
Que das janelas, a direito
Ainda podia enxergar…
Até aos dias passados
Um recuo prematuro
Lá na frente ficam parados
Esperando o futuro…
No vago fica o vazio da sorte
Sem mais distancias para alancar
Mais há frente encontro a morte
Para onde não quero olhar.
 

***

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Domingo, Octubre 16, 2011 - 21:59

Poesia :

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antonioduarte

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Comentarios

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"Mais há frente encontro a

"Mais há frente encontro a morte
Para onde não quero olhar."

 

Tuas cuidadosas palavras me fizeram refletir no poder que um olhar detém,

e na importância de controlar para onde eles observam,

já que vão influenciar os pensamentos ...

 

 

Amei ler-te,

Sou fascinada por olhos =)   rs

 

Bjuh da StarGirl!

Imagen de antonioduarte

Olá Star Girl, è um prazer

Olá Star Girl,

è um prazer sentir-te sempre presente. agradeço o teu comentário, o qual se transforma num olhar. Olhos! São sempre os olhos que estendem o caminho e através deles, como uma teia, ornamentamos todos os quereres; para que amanhã compreendamos que o melhor de tudo se encontra aqui, hoje, na nossa frente, constantemente. 

Posso dizer que, também a mim, fascinam os olhos e mais: Que, eles "os olhos" não mentem.

Obrigado

Jinho para ti também

Imagen de Odete Ferreira

O tempo passa

O tempo passa pelos olhos, mesmo sem estes o olharem, ainda que abertos...

Gostei, amigo

Bjo

Imagen de antonioduarte

Olá Odete, É verdade: O tempo

Olá Odete,

É verdade: O tempo passa pelos olhos. São eles os protagonistas dos meus pecados- Para não dizer nossos - Que o Mundo inteiro entra por eles; o Sol, A Lua e mesmo os aromas mais sensiveis começam por se denunciar pelos olhos; Muito preciosos!

" Uns de antes, outros depois"

: Quando se chega ao termo, ao topo da caminhada: nada mais se encontra na nossa frente, além da morte; então, os olhos viram-se para trás, o passado e é ali - no passado - que o ser vislumbra uma nova infãncia; o que foi e o que poderia ter sido e assim de novo o é. Por tal se diz que todos voltaremos a ser crianças, e seremos. Coitado daquele que o não seja.

Gostei muito do teu comentário; aliás: Amei. Obrigado gente linda.

Beijinhos. 

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