Telefonema

Telefonema

Toca inesperadamente
O telefone
E é um presente
À minha solidão
Do outro lado
Uma voz
Tão familiar
Tão entranhada
A minha namorada!

O Bastante para me rasgar largo sorriso
E um aperto no meu peito
Para ganhar jeito
De receber quem preciso
Assim perfeito

Uma voz que mesmo ausente
Tenho sempre
Em mim presente
Como uma dor
De uma saudade
Permanente

Mas estava ali no meu ouvido
No meu cérebro na minha Alma
Roubando-me toda a calma
Ser tão querido
Que me desassossega
E me põe alerta
De corpo e alma
E me faz ferver o sangue
Com o seu segredo
Medo
Insegurança
Quase pavor
E é isto
Que é o Amor.

27 de Dezembro de 2011
Paulo César Nunes