Por ti.

Tenho-te para sempre, e se mais não posso,
não me importo, nem antes nem depois.
És minha, e a eternidade me sustenta.
As recordações também são vida,
e só por isso, por isso apenas e só.
Vivo os tristes dias que destroço,
em pedaços lânguidos de vida a dois.
Tua imagem é a maior força que me levanta,
e depois num choro mudo me reduz a pó.
Volta, eu imploro, do fundo da minha tristeza merecida.
Sê minha de novo, como antes fomos.
Lê este poema, e relembra todos os momentos.
Não sou eu que te escrevo, é o meu amor,
é a poesia em mim que te devota perdão.
Eu acredito que como em tempos já foi, agora somos,
o culminar dos nossos mais puros sentimentos,
parte de um sonho, uma vida, ou seja lá o que for,
sobretudo será, o fruto da nossa desmedida paixão.
Não envies estas palavras para o nada,
nelas destilo todo o meu ser.
Não troces delas, não as remetas ao fim.
Por elas, por tudo, por ti, pelo nosso amor,
tenho vivido os dias ocos da minha vida marcada,
pela imagem do teu olhar, do teu amor, do teu viver.
Sem ele sou mesmo nada, nada existe em mim,
excepto a perdição de viver sempre, nesta imensa dor.

 

Casimiro Teixeira

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Viernes, Enero 13, 2012 - 10:01

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