Do jardim um cemitério eu faço
Sob um negro sudário sob a luz de velas
Feito somente os poetas fazem também faço
Quando o meu inteiro incontentamento eu disfarço
Ao escrevê-lo em poesias aparentemente belas.
Das noites tristes as compreensíveis estrelas
Que te ouvem são vis lágrimas a cair no espaço,
Pranto da corroída alma tua pelo cansaço
De esperar por quem em quem se espelhar e ser bela.
O meu modo frio, pelo qual eu me protejo
Das futilidades compreendidas num beijo,
A compreender o já dito carnal mistério
Foi preciso e por isto eu não peço perdão,
Pois: feito tudo, a rosa que nos sangra as mãos
Morre um dia. E do jardim eu farei um cemitério...
03 de abril de 2012 - 22h 16min
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Comentarios
Olá meu caro, amigo, Adolfo,
Olá meu caro, amigo, Adolfo,
antes demais gostaria de agradecer a tua visita a meu cantinho de poesia, proporcionando-me, visitar-te de seguida, para conhecer tua poesia.
Não é fácil escrever um soneto, por isso te deixo meus parabéns, já que, ao contrário de mim, os teus sonetos seguem as regras estípuladas, enquanto os meus, a que chamo de: "Sonetos Imperfeitos", não seguem regra alguma, apenas o que me dita a alma, o pensamento, a emoção, o delírio de escrever, embora os faça de forma a transmitir sempre uma mensagem, que, por todos quentos me lêem, seja compreensível e traga sua beleza própria. Desses meus supostos sonetos, tenho mais de 800, pois para mim é muito agradável escrevê-los (de forma livre). Mas quem os sabe fazer como tu, minha admiração e respeito. Pois li, percebi e, ao contrário de muitos que seguem regras, não me apercebi de nenhum entrave, já que teu soneto correu escorreito sem pregas nas frases/versos, no seu compor-se naturalmente. Espero a continuação.
Gostaria de ter-te por amigo, irei assim, enviar-te convite para friend, seguidamente. Fica à vontade.
Abraços meus.
Jorge Humberto
Quanto aos parabéns: muito
Quanto aos parabéns: muito obrigado! :) E para ti os meus parabéns: por não ter estrangulado a tua inspiração com 14 cordas. Pois uma vez amarrado a elas, ou por elas =D, é raro conseguir se libertar... Vez por outra há dificuldades em se passar a mensagem e a emoção: perfeito desígnio da poesia e da poesia tua.
De 800? Depois parar para contar quantos sonetos eu já escrevi nas regras estipuladas (riso)... Se bem que eu também me sinto muitíssimo a vontade escrevendo os meus, se me permites chamar, também entre aspas, "Sonetos Perfeitos" e talvez seja por isso ou, muito provavelmente, penso eu, eu consiga escrever com a fluência que percebeste em minha escrita. =DD
Teu convite já foi aceito.
Abraços.
Adolfo.
Olá, meu querido, amigo, Adolfo,
Olá, meu querido, amigo, Adolfo,
sinceramente não consigo seguir regras na poesia, e é certo que se o fizesse ninguém me leria rs, pois não conseguiria a boa fluência, que emprestas a teus "Sonetos Perfeitos". Tem de se dar mérito a quem o tem, e aprecio muito a sinceridade das pessoas e mais ainda quando valorizam o bom desempenho de seus trabalhos. Só não consigo ler poesia (com regras) quando esta, seguindo-as, pela mão de seu Autor, mais se parece com degraus assimétricos e cheios de paragens... defeito meu, provavalmente.
Pois é Adolfo, quantos sonetos terás tu? Chegarão certamente para fazer uns quantos livros. Desejo-te toda a felicidade e sucesso, aquando da realização dos mesmos.
Acabei de responder a tua mensagem, tazendo-me boas novas: o aceitares meu convite, para passarmos a sermos amigos e partirmos para uma sã amizade e o aviso que já tens a continuação, de teu soneto, que deixaste ontem em suspenso. Irei já, já ler... já vi a sua inclusão.
Até já e abraço meu.
Jorge Humberto
Continua...
Continua...