Acalento a morte e a vida
Morro, insisto em morrer e em reerguer
Este corpo cheio de dúvidas, medos e segredos irreveláveis
Morro, cada vez que amanheço
E estremeço
Só de pensar que o dia permite mais um lampejar
Mais um pestanejar,
Mais um bracejar de asas retorcidas
Morro, na noite que me engole
Que desfaz minha presença
Que dilui minhas palavras
Num mar de sargaços
Frívolo de abraços
Morro, depois de embater contra a indiferença
Depois de esgotar a razão
Depois… depois choro e grito murmúrios mudos
Acalentados pela loucura
De que nada temos a perder…em viver
(Homines sumus)
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Domingo, Mayo 10, 2009 - 22:49
Poesia :
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Comentarios
Re: Acalento a morte e a vida
Num mar de sargaços
Frívolo de abraços
Morro, depois de embater contra a indiferença
Fabuloso!
entendo tão bem este teu poema.
Gostei!
Beijinhos!! :-) :-? amiga da escrita
Re: Acalento a morte e a vida
Gosto da forma como desenhas a poesia. Nota-se que é pensada e trabalhada.
bonito!
Re: Acalento a morte e a vida
Bom poema, que termina com uma verdade simples, mas tantas vezes esquecida - "nada temos a perder…em viver ".
Por vezes, para o perceber, temos que cheirar a morte.
bjo
Re: Acalento a morte e a vida
"De que nada temos a perder…em viver "
Adorei cada palavra deste poema, num todo fabuloso. Para reler.
Abraço
Re: Acalento a morte e a vida
Morro, insisto em morrer e em reerguer
Este corpo cheio de dúvidas, medos e segredos irreveláveis
É o que nos acalenta a vida!!!
:-)