APOCALIPSE (O POEMA INDESEJÁVEL)


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“... E  vi  um  novo  céu  e  uma  nova terra. Porque  já
o primeiro  céu  e a  primeira  terra  passaram,  e  o  mar  já  não  existia.”
(Apocalipse, XXI : 1)

... Ainda há pouco ouviram
(os que se debatiam, agonizantes
em meio aos escombros),
grande explosão nas nuvens.

Depois, a sucessão interminável
De estrépitos menores
no solo em estertores.
    
Da mais temida tempestade
as derradeiras luzes
vergastam, vigorosamente,
a  crosta  planetária.

Exibem para os sóis na Imensidade
o horror do grande ocaso,
o imenso caos.

Por fim, instaura-se, lenta, 
a mais negra e pesada das noites.
Frio terrível.
Estranhos odores
alastram-se aos uivos do vento da morte.

Assim, a interstícios,
domina o silêncio.
Absoluto.

Não mais o pulsar do tempo.
Nem uma luz peregrina
no imenso e profundo abismo
que os mais aptos filhos da vida
chamavam de Terra...   

22 de abril de 2012 (DIA MUNDIAL DA TERRA)

(Da coletânea "Estado de Espírito", de Sergio de Sersank)

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Domingo, Abril 22, 2012 - 03:43

Poesia :

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Sersank

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Comentarios

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inquietante

estamos mesmo arrombando o nosso próprio cofre,
destruindo a casa onde vivemos,
arruinando os sonhos que tão arduamente tecemos.

Um mensagem inquietante mas genuina nos passa.

Belo trabalho!

Saudações!

Abilio

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Obrigado, poeta. É bom receber um “feed-back” assim. Meu abraço fraterno!
Sergio de Sersank

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Sobre APOCALIPSE (O poema indesejável)

Comemora-se na data de hoje, 22 de abril, o DIA MUNDIAL DA TERRA.
A efeméride foi proposta pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970 e tem por finalidade "criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra".
O poema APOCALIPSE, é a minha modesta contribuição para uma reflexão sobre o maravilhoso mundo que habitamos, a beleza incomensurável da vida e nossa sublime destinação cósmica. Seríamos tão estúpidos a ponto de destruir a casa em que habitamos?
Sergio de Sersank , 22abr2012

http://sersank.blogspot.com
http://www.poemas-del-alma.com/blog/publicar-poema-47116

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