A Consciência e o Cigarro
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A Consciência sabia
o mal que o cigarro fazia.
Mas isso não a impedia
de fumar um Cigarro
todo o dia.
Na carteira,
Uma frase advertia:
Fumar é prejudicial,
Causa dependência
e Impotência sexual.
Com o passar do tempo
a Consciência foi entristecendo.
Já não sabia mais
o que estava acontecendo.
O prazer que antes ela sentia,
aos pouco foi desaparecendo.
E quanto isso acontecia,
a Consciência ia entristecendo.
Sentia-se pálida e tremendo.
Seus desejos eram substituídos
pelo Cigarro que consumia.
E quanto mais fumava
mais percebia
que algo acontecia.
Já não conseguia
mais transar como queria.
Mas pensava que podia
tomar um Viagra
e o problema com o tempo,
desaparecia.
Só que isso nunca acontecia.
Tomar Viagra
já não mais resolvia.
Quem sabe tomar dois,
Fumar um cigarro depois.
Um pouco de álcool, quem sabe,
seria uma boa solução,
para resolver os problemas
que a Consciência sabia que existia,
mas que não admitia.
Enquanto o vício persistia,
a Consciência buscava no Cigarro
afogar as mágoas que sentia.
O Cigarro era seu Amigo,
disso ninguém discordava.
Ele era o companheiro inseparável
e dizia que ajudava.
- Se quiseres emagrecer
e mostrar a todos o seu poder,
dizia o Cigarro à Consciência
quando ela se sentia enfraquecer.
Fume-me até o dia amanhecer,
Jogue fora todos os seus princípios
Eu estou aqui e todos os seus
Problemas eu posso resolver.
E a Consciência assim procedia,
mesmo vendo o que acontecia.
Fumou tanto, até que um dia,
a tosse o acordou
quando o dia amanhecia.
A Consciência ouviu do médico
Tudo aquilo que já sabia...
Débora Benvenuti
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Comentarios
cigarro após cigarro
o inconsciente
mente
à sua própria mente
e o corpo cego
segue
impotente...
Belo poema intervencionista!
1 abraç0o!
_Abilio