Não há lábios nem lágrimas

Grávida de incertezas
abandono o corpo
num aborto voluntário
seguro os pensamentos
na alma com o temor
das sombras no Inverno
sentido das coisas...

Balanço a mente
empurro os muros
da passagem pela noite
tardia da lua vazia...

A alma carrega ao colo
o âmbar do esquecimento
mergulha nas águas fluviais
frias e lucidas
na névoas das manhãs
com sabor a insónia...

Não há lábios nem lágrimas
nas mãos frias
quando no teu olhar
não encontro a esperança
que é o teu adágio...

Entrego a vida ao céu
ao mesmo que pedi por ti
nas vestes da promessa
que a luz é o caminho
onde te guiei na certeza
da vitoria descoberta do teu esforço
que agora se arrefece
para na madrugada se entregar vida...

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Domingo, Junio 24, 2012 - 11:16

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AnaCoelho

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