Horas claras

A despedida do sol
lambendo a luz fulva da lua
bitola do dia
tempo suspenso
no firmamento, cor de fogo
resquício novo céu,
horas claras
fulgentes e lentas
bailam as plumas
discreta brisa
fluir de aromas, terra seca.

Salpicos de lembranças
espelham o olhar,
segredam os corpos
deslumbramento destes momentos,
dançam pétalas no olhar
como penas de aves tão serenas,
quentura da vida
no rubro sangue a escaldar.

Esvai-se a luz, tomba o tempo
renasce a noite na miragem
roseiral branco,
outros vultos esboçam silêncios,
sem sombra de vento
reino lunar até que de novo
a aurora desperte.

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Sábado, Mayo 30, 2009 - 22:55

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AnaCoelho

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