HÁ SEMPRE UM AMANHÃ

Há sempre um amanhã

 

 

Queria dizer – te que te amo como os sábios

As palavras morreram –me nos lábios,

Apenas os meus olhos te disseram,

Em silêncio e mais ninguém pode saber,

O quanto eu gosto do teu ser,

Aquilo que as palavras não quiseram.

 

O amor sente – se, palavras não são necessárias,

Elas podem ser ou não muito precárias,

Amando em silêncio também se dá amor,

No meu pensamento estás sempre a meu lado,

Neste grande amor que está a ser gerado,

Como quando se beija em silêncio qualquer flor.

 

Quantas palavras se balbuciam e nada dizem,

Saem da boca e com o amor não condizem,

Apenas um pequeno gesto pode muito significar,

O que muitas palavras não sabem dizer,

Os muitos segredos do nosso querer,

Quando o amor é verdadeiro para se dar.

 

Queria dar – te um beijo de olhos fechados,

Em silêncio, como fazem muitos namorados,

Mas nós ainda mal nos conhecemos,

Pois para tudo há sempre um princípio,

O amor é natural, sente – se, não é fictício,

E assim, nos tocamos nos olhares que perdemos.

 

Um dia quando o nosso amor quiser,

O nosso primeiro beijo, certamente vai acontecer,

O tempo é longo demais quando muito nos desejamos,

E curto demais para os encontros que temos,

Nos momentos queridos que nos vemos,

E queremos experimentar o quanto nos amamos.

 

Não se pode querer tudo num só momento,

Há sempre uma amanhã que nos vai trazer o tempo,

Vamos viver a vida lentamente que tem mais sabor,

Se quisermos esperar para que tudo aconteça,

Para que ao bom senso nunca se desobedeça,

Esperar que o nosso tempo confirme o nosso amor.

 

 

Tavira, 22 de Junho de 2009 - Estêvão

 

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Lunes, Diciembre 17, 2012 - 11:42

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José Custódio Estêvão

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