PARA QUÊ?

Para quê?

 

 

Para quê tanta velocidade na nossa ambição,

Se tudo acontece mais devagar e com mais perfeição?

Para quê tanto ódio, quando o amor é muito melhor,

Ele existe em cada um de nós, oferecer não causa dor.

Para quê tanta inveja dos que são melhores do que nós,

Se eles merecem o que têm, não lhes tiremos a voz.

 

Para quê desejar o mal a quem é possuidor do bem,

Se eles também são filhos como nós também?

Para quê perder tempo com desejos perniciosos,

Se eles podem regressar a nós por sermos maldosos?

É mais fácil viver de consciência que não nos aborrece,

Do que ter o que não merecemos e a alma nos apodrece.

 

Para quê atropelar alguém que segue num bom caminho,

Para seguirmos no que não é nosso, fazendo mal ao vizinho?

É muito melhor escolhermos o caminho que nos serve,

Para que no futuro a boa escolha que fizemos nos preserve,

A vida que escolhemos para nós, em consciência,

Sem entrarmos no caminho da mental violência.

 

Para quê querer o Sol só para nós e tanta riqueza,

Quando a nossa própria consciência nos despreza?

Devemos ser ambiciosos sem tirar os outros da sua senda,

É uma violência para a nossa alma, a mais horrenda.

Pois pelo nosso próprio crer sem fazer os outros sofrer,

É a melhor atitude para a nossa dignidade não morrer.

 

Para quê encher a barriga demais só para não dar,

A quem quer apenas um pouco do que sobra do nosso jantar?

Pois comer demais e sem vontade, só porque tudo é seu,

Alguém por causa da gula, consta que até morreu.

É muito melhor alimentar a nossa consciência de bem - fazer,

Do que comer sem vontade que nos pode fazer morrer.

 

Para quê entulhar a nossa vida com maus vícios,

Que nos fazem a vida num inferno e cair em precipícios?

Do muito que queremos, nada poderemos passar a ter,

É melhor jogar fora a inveja, o ódio, para o nosso bem viver,

É muito melhor vivermos em paz com a nossa razão,

Do que vivermos bem, retirando de outra boca o seu pão.

 

 

 

Tavira, 9 de Setembro de 2010 - Estêvão

Submited by

Jueves, Febrero 28, 2013 - 11:45

Poesia :

Sin votos aún

José Custódio Estêvão

Imagen de José Custódio Estêvão
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 3 años 2 semanas
Integró: 03/14/2012
Posts:
Points: 7749

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of José Custódio Estêvão

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Alegria A MATEMÁTICA 0 5.903 09/06/2013 - 09:33 Portuguese
Poesia/Meditación SABEDORIA 0 722 09/05/2013 - 09:34 Portuguese
Poesia/Meditación ASSIM SEREI 0 3.049 09/04/2013 - 10:49 Portuguese
Poesia/Pensamientos FIQUEM-SE COM DEUS 0 3.173 09/03/2013 - 09:28 Portuguese
Poesia/Meditación SAÚDE 0 3.013 09/02/2013 - 18:51 Portuguese
Poesia/Amor OLHOS DO PASSADO 0 2.390 09/01/2013 - 14:22 Portuguese
Poesia/Amor DUAS PRENDAS 0 3.872 08/31/2013 - 10:29 Portuguese
Poesia/Amor QUERO SENTIR A VIDA 0 2.128 08/30/2013 - 21:57 Portuguese
Poesia/Meditación ACREDITAR 0 2.562 08/29/2013 - 21:31 Portuguese
Poesia/Meditación RAZÕES DE MORRER 0 2.608 08/28/2013 - 21:34 Portuguese
Poesia/Meditación ENSAIO 0 1.342 08/27/2013 - 15:12 Portuguese
Poesia/Amor SEMPRE QUE TE VEJO 0 1.627 08/26/2013 - 16:45 Portuguese
Poesia/Meditación QUANDO TUDO FALTA 0 3.265 08/25/2013 - 15:58 Portuguese
Poesia/Meditación DOR 0 2.481 08/24/2013 - 11:23 Portuguese
Poesia/Meditación NÃO PISES A MINHA SOMBRA 0 4.931 08/23/2013 - 09:30 Portuguese
Poesia/Pensamientos INDECISÃO 0 1.496 08/22/2013 - 10:15 Portuguese
Poesia/Meditación SENTIR 0 2.574 08/21/2013 - 10:14 Portuguese
Poesia/Pensamientos COMPLEXIDADE 0 2.320 08/20/2013 - 09:48 Portuguese
Poesia/Meditación DESIGUALDADES 0 2.201 08/19/2013 - 10:09 Portuguese
Poesia/Meditación SER FELIZ 0 3.759 08/18/2013 - 14:56 Portuguese
Poesia/Meditación PARTIR 0 3.553 08/17/2013 - 10:14 Portuguese
Poesia/Amor TÃO LONGE E TÃO PERTO 0 2.042 08/16/2013 - 10:24 Portuguese
Poesia/Meditación UMA VIAGEM 0 3.325 08/14/2013 - 10:08 Portuguese
Poesia/Meditación VIVENDO 0 1.901 08/13/2013 - 09:45 Portuguese
Poesia/Alegria OLARILOLELA 0 3.665 08/12/2013 - 10:31 Portuguese