O MEU SABER




O meu saber

 

 

Só aquilo que pergunto aos outros eu não sei,

Só sei aquilo que aprendi e tudo nunca saberei,

O meu saber será pouco ou muito restrito,

Comparando o que sei com a imensidão do infinito,

Poisa sabendo o que sei, só sei que nada sou,

A sabedoria que eu tenho foi o tempo que me ensinou,

Mas é tão pouca que me assusta a minha ignorância,

Mas não é só pelo meu saber que me dão importância.

Pois as minhas qualidades morais têm o seu valor,

Mas se o meu saber for pequeno, sinto dor,

Que não se vê, nem se apalpa mas se sente,

Só fica em segredo na cabeça da gente,

Mas a sabedoria às vezes sai muito cara,

E mesmo assim, ela é sempre muito rara.

Pois quanto mais sei, mais tenho para aprender,

E tudo na minha vida nunca chego a saber,

Mas eu gostava tanto de ser doutor,

Não do corpo nem da alma mas do ensinamento,

Para transmitir aos outros o saber do meu fraco talento,

Pois a minha professora foi e será sempre a minha vida,

É com ela que eu vou sempre aprendendo,

E assim, a minha sabedoria vou enriquecendo,

Mas sábio certamente nunca me julgarei,

Quero sempre ter humildade e pensar que nada sei,

Porque pensando assim, enriquecerei muito mais,

Do saber que tenho falta e nunca saberei demais,

Sinto que quanto mais sei mais penso não saber,

Por isso eu quero estar sempre a aprender,

Com toda a gente sem esquecer a Natureza,

Que me trouxe a este mundo com a minha singeleza,

Como eu gosto de ser sem ser dono da razão,

E nunca me limitarei a dizer apenas sim ou não,

Pois com a minha sabedoria eu não quero ser muito alto,

Maior que as minhas pernas nunca será o meu salto,

Quero ter sempre muita sede de saber,

Mais do que a vontade de comer,

Pois eu não como sem o saber que me enriquece,

E a minha memória nunca esquece,

Que quanto mais sei mais tenho que aprender,

O saber é a fonte da vida onde eu vou sempre beber.

 

 

 

 

Tavira, 20 de Setembro de 2010 - Estêvão

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Domingo, Marzo 3, 2013 - 00:08

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José Custódio Estêvão

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