ABERRAÇÃO

 

Aberração

 

 

 

Este mundo está ao contrário, não sei o que dizer,

Tanta coisa estranha está a acontecer,

Casam homens com homens, estou chocado,

Casam mulheres com mulheres estou pasmado,

A lei dos homens alterou a lei da Natureza,

E a feriu na sua essência e na sua nobreza.

 

Fêmeas com fêmeas, machos com machos,

Panelas com panelas, tachos com tachos,

Anda tudo às avessas, mas que volta é que isto deu?

O tempo deu volta a tudo que a minha mente aprendeu,

Já não sei se sou eu que aqui não pertenço,

Ou se sou obsoleto nesta vida que ainda penso.

 

Quem fará de fêmea, quem fará de macho, não percebo,

Pregos com pregos, fendas com fendas não concebo,

Estarei eu a sonhar, pergunto a este mundo,

Que já não é como o conheci, no meu pensar é imundo,

No mundo do casamento que está desvirtuado,

Já não sei o que sei, pareço estar dele afastado.

 

Os filhos adoptados nestes casamentos, a quem chamarão,

De pai ou de mãe, mas grande confusão,

Os pais ou as mães têm sexos iguais, coitadas crianças,

O que pensarão destas igualdades de mudanças?

Será que as suas mentes não ficam baralhadas,

Ao serem filhos destas imorais trapalhadas?

 

Como se chama a tua mãe meu menino ou minha menina?

Pergunta a professora a estas crianças pequeninas,

Será que eles irão responder abertamente,

Sem vergonha de responder ao seu docente?

Que a mãe é o pai e que o pai é a mãe,

Ou a mãe é o pai e o pai é mãe também?

 

 

 

 

Tavira, 10 de Março de 2011 - Estêvão

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Miércoles, Junio 5, 2013 - 09:46

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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