Manifestações

É preciso que o verso volte a ser escrito,
pois só o poema nos define.
É preciso que as penas de Priscila e de Wander
não percam a dignidade e o colorido,
pois apenas as cores de ambos afastam o cinza
que as bombas imorais de efeito moral nenhum
espalham em painéis de redivivas Guernicas.
É preciso que os clamores não deixem de povoar as ruas
já que é apenas essa sinfonia que afasta o silêncio dos cemitérios
e os tambores de tristes soldados que marcham
sobre a Liberdade ultrajada.
É preciso que a cidadania conquistada
não volte a ser surrupiada pela inerte burguesia,
a quem nenhuma sinecura sacia.
É preciso que infelizes felicianos
sejam curados de seus estúpidos danos
e que a ingenuidade de jovens idealistas
não seja manipulada por Golpistas rancorosos
que das torturas que praticavam,
mostram-se nostálgicos e saudosos.
É preciso que o lixo da história recolha para sempre
seus sádicos intentos indecorosos.
É preciso que a Legalidade seja preservada
e que a dignidade do Povo seja sempre respeitada.
Apenas a Democracia, imperfeita ainda,
haverá de nos livrar de novos e velhos Ditadores,
de seus DOPS, CÓDIs e tantos outros horrores.
É preciso ouvir Bertolt Brecht e dispensar os heróis,
pois não será Joaquim, Pedro ou João
que fará o que cabe a cada cidadão.
E é preciso, sobretudo, que não cesse essa energia.
Que dela se alimente a utopia
e nela se agasalhe a fantasia,
pois a realidade mostrou
que perdemos o medo da covardia.
 

Homenagem pouca aos Poetas PRISCILA RÔDE,  WENDER MONTENEGRO e o dramaturgo alemão BERTOLT BRECHT.

Produção de TAÍS ALBUQUERQUE, desde o Rio de Janeiro, no Outono brasileiro.

Submited by

Sábado, Junio 22, 2013 - 13:47

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 25 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Tristeza A Maria do Crack 0 3.439 07/22/2014 - 14:48 Portuguese
Poesia/Amor Quadrantes 0 3.214 07/21/2014 - 14:15 Portuguese
Poesia/Amor Tudo 0 1.591 07/20/2014 - 01:11 Portuguese
Prosas/Otros Spinoza e o Panteísmo - Parte I 0 1.430 07/19/2014 - 16:10 Portuguese
Prosas/Contos Rubenito Descartes 0 3.361 07/18/2014 - 22:45 Portuguese
Poesia/Amor Aconteceu 0 3.158 07/18/2014 - 16:19 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XIV - Considerações Finais 0 5.935 07/17/2014 - 15:22 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XIII - A Sobrevida da Espécie 0 6.826 07/16/2014 - 15:15 Portuguese
Poesia/Tristeza Lamento 0 1.915 07/15/2014 - 14:00 Portuguese
Prosas/Otros Com mais amor. Com mais orgulho. 0 5.087 07/14/2014 - 22:44 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XII - O Extase Religioso 0 6.856 07/14/2014 - 14:44 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XI - A Arte 0 3.831 07/11/2014 - 15:15 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte X - O individuo genial. 0 3.409 07/09/2014 - 15:23 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte IX - A Sabedoria da Vida 0 4.786 07/07/2014 - 15:11 Portuguese
Poesia/Dedicada Com muito orgulho e com muito amor 0 2.158 07/06/2014 - 15:51 Portuguese
Poesia/Amor Prenúncio 0 1.514 07/04/2014 - 15:16 Portuguese
Poesia/Tristeza Elos 0 2.027 07/01/2014 - 14:42 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - O Suicidio - Parte VIII 0 8.080 06/30/2014 - 20:53 Portuguese
Poesia/Amor Sophie 0 2.416 06/29/2014 - 17:15 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte VII 0 3.414 06/29/2014 - 14:59 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte VI 0 3.509 06/27/2014 - 20:57 Portuguese
Poesia/Amor A canção de Saigon 0 2.428 06/25/2014 - 15:56 Portuguese
Poesia/General Cantares 1 2.260 06/24/2014 - 18:56 Portuguese
Poesia/Amor A Estrela da Noite Fria 0 3.408 06/22/2014 - 15:17 Portuguese
Poesia/Amor A Volta 0 2.652 06/20/2014 - 15:15 Portuguese