QUATRO ESTAÇÕES




 

Quatro estações

 

A vida começa na Primavera,

Começa por ser uma quimera,

É a idade onde tudo é inocente,

E o tempo passa e não se sente.

 

É a idade do florescer,

Tudo é lindo a crescer,

As lindas flores perfumadas,

Tudo começa colorido à nossa volta,

Parece que o tempo não se solta.

 

É a idade do conhecimento,

Dos porquês a todo o momento,

É o princípio da nossa vida,

Onde tudo é simples é uma corrida.

 

É a Primavera do amor,

Das paixões sem dor,

É a idade para se escolher,

De quem queremos para viver.

 

A Primavera passou,

Vem o Verão, começou,

A luta do nosso querer,

Para se pagar para viver.

 

Começa o amadurecimento,

Com o calor do conhecimento,

Começamos a colher os frutos,

Para termos os nossos estatutos.

 

Começam as dificuldades,

De enfrentar as realidades,

Começamos agora a saber,

O que custa pagar para viver.

 

Começam os atropelos,

Desenlear da vida os novelos,

Começa a crescer a família,

E a força da nossa vigília.

 

A seguir vem o Outono,

As folhas caem ao abandono,

A juventude já passou,

E o que era bom já acabou.

 

É a época da liberdade,

Dispomos do tempo da idade,

Que nos falta viver,

Já nada podemos escolher.

 

Soltam-se as folhas da vida,

Caem no chão sem guarida,

Começam as folhas a ser pisadas,

Com a vida feita de nadas.

 

Começam as recordações,

Acabam as nossas intenções,

Esperamos que o tempo passe,

Nada fica num impasse.

 

A seguir vem o Inverno,

Tudo é frio, é o eterno,

Já estamos no outro lado,

Onde mora o nada, tudo está acabado.

 

 

Tavira, 22 de Abril de 2011-Estêvão

 

 

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Domingo, Octubre 13, 2013 - 09:31

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José Custódio Estêvão

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Gosto de escrever, gosto de divulgar e não me importo que comentem ou não. Não gosto elogios sem os merecer,
gosto de viver para fazer o que gosto, escrever. Uma boa saúde para todos os que me visitam ou não.
Um abraço de amigo a todos.
Estêvão

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