Amor

Amor...A capacidade de completar...
Essa palavra paliativa e cosmopolita...

Não sei classificá-lo nem rotular a sua dimensão...
E sou assiduamente acusado de não saber realçar o seu sabor...

Não sei se é um modo de vida com variantes e picos ocasionais...
Não sei se é um aroma incrustado nas pupilas da nossa visão...

Amor...A capacidade de completar...

Um momento solene que une e eleva a união espírito-carnal...
Um momento empírico que desenha chamas no nosso coração...

Será o Amor o filho bastardo da Paixão?...
Ou a Paixão o eunuco madrugador do Amor?...

Será o Amor uma tragédia grega que vilipendia o nosso destino?...
Ou a Paixão uma pausa indigente no percurso normal dos nossos dias?...

Obviamente são amantes causa-efeito na quadratura do círculo...
Obviamente são rolamentos intrínsecos na nossa viagem estrada fora...

Eu sou um eterno apaixonado pela rede de influências que o Amor branqueia...
Tenho uma Paixão exarcebada pelas ventosas emocionais que a sua áurea desperta...

Sou um eterno apaixonado pela visão cinematográfica do Amor platónico...
Tenho uma Paixão estratosférica pelos mistérios cognitivos das suas garras...

Será o Amor o filho bastardo da Paixão?...
Ou a Paixão o eunuco madrugador do Amor?...

Ainda o procuro no outro lado do Muro...
Ainda o tento encontrar tentando encontrar-me a Mim mesmo...

Capacidade de e para Completar...O Amor...

Não será a ponte que trucida o Ego e alimenta o Vazio?...
A linha imaginária que divide o Cosmos da Vida Monástica?...

Não Sei...
Não sei escrever sobre o Amor...

Amava ser amado amando por Paixão um Amor assim...

Amar assim perdidamente interrogações sem Fim...