A Árvore dos Patafúrdios
as vezes, sem se saber ou sentir
percorrem-se caminhos travessos
por onde não se quer ir nem vir
em esses locais ou lugares, perversos
transita-se entre seres inauditos
animais viscerais, alguns eruditos
bucólicos esses sítios...
ouve-se chilrear pardais, guturais
miar os felinos, ladinos
rosnar canitos, aflitos
passos e passadas,
ora lentas, ora apressadas
rangeres de portas,
as vezes soltas, as vezes tortas
máquinas com motores em ebulição,
seus pneus sempre a polissar,
entre ruas, ruelas, pracetas e ribanceiras,
sempre e sempre, em enormes gincaneiras
vai-se sonhado os dias, contando-se as horas,
dedilhando-se os minutos,vivendo-se os segundos,
entre repentes, há procura
de momentos que se querem argutos
sedentos estes sinais...
relentos e proscrutos...
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 6640 reads
Add comment