O Doce Amargo da Tragédia

Toneladas de lama
E já não há o doce do Rio Doce.
No Bataclan
O sangue a jorrar
Sem piedade.

Peixes a boiar
Vida que se esvai
Das margens insólitas do Rio Doce.
Choro e lágrimas
Banham os rostos pálidos
De quem viu a vida desaparecer
Do dia para a noite.

Em meio as luzes multicoloridas
Paris chora seus mortos espalhados pelo chão.
Comoção universal
Não no meu nome!

Nigéria...
Boko Haram mata sem piedade
Os cristãos e as minorias de uma sociedade esquecida
Mas quem se importa com isso?

Lágrimas de um mundo em flagelo
De uma sociedade violenta
Discursos
Falácias
De governos ditatoriais...

O ovo da serpente
O fogo do dragão
Lágrimas de crocodilo
Sonhos desfeitos
Pela embriaguez
Pela estupidez humana.

Até quando?
Até quando?
Até quando?

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

http://odairpoetacacerense.blogspot.com

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Lunes, Noviembre 16, 2015 - 21:49

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Odairjsilva

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