O desejo que morrerá comigo…
O desejo que morrerá comigo
É o único com que acordo e me deito,
Pretendendo ter uma supra consciência
Do que suponho ser universal ou divino,
Nada aparentado aos sonhos só meus
Que nem tenho, mas se reúnem
Como sendo, num capitulo e se resumem
Num desejo que morrerá dentro,
Das passadas que não uso, mas habito…
O desejo que morrerá comigo,
Carrego-o no instinto, inútil é ele,
Tal maquina de escrever que faço uso,
E de que sou marido, ela mulher,
Embora não sejamos casal perfeito,
Copulamos na sala de estar, no leito
No escritório e na cadeira de barbeiro,
Somos dois abismos sem limite
Tendo um céu lá em cima servindo
De horizonte e de ilusão, eu e o desejo
Que morrerá comigo, irónico, eu contente
Como um cão voluntarioso,inevitável.
O desejo que morrerá comigo,
È a memória pura e dura da criatura
Que mais mal conheço e o medo
Que coexiste neste veículo de sentir
Tudo e realmente… Triunfo e mérito
Ou o desprezo de todos eles, do destino
Que nasceu e morrerá comigo, servo
Da realidade, da obediência ao inevitável
Quanto baste, da vontade e do quinhão
De desejo eterno, de sonhar ser vida,
Mas morto esquecido e selado.
Jorge Santos (10/2015)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 2414 reads
Add comment
other contents of Joel
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Sombras no nevoeiro | 0 | 3.847 | 02/16/2013 - 22:59 | Portuguese | |
Poesia/General | o dia em que o eu me largou | 2 | 2.324 | 12/30/2011 - 13:24 | Portuguese | |
Poesia/General | ciclo encerrado | 0 | 3.462 | 03/11/2011 - 23:29 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | gosto | 0 | 4.714 | 03/02/2011 - 16:29 | Portuguese | |
Poesia/General | A raiz do nada | 0 | 2.777 | 02/03/2011 - 21:23 | Portuguese | |
Poesia/General | Tão íntimo como beber | 1 | 1.880 | 02/01/2011 - 23:07 | Portuguese | |
Poesia/General | Gosto de coisas, poucas | 0 | 4.025 | 01/28/2011 - 18:02 | Portuguese | |
Poesia/General | Luto | 1 | 4.684 | 01/15/2011 - 21:33 | Portuguese | |
Poesia/General | Não mudo | 0 | 3.345 | 01/13/2011 - 13:53 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Cruz D'espinhos | 0 | 10.311 | 01/13/2011 - 12:02 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Núri'as Ring | 0 | 5.235 | 01/13/2011 - 12:01 | Portuguese | |
Poesia/Fantasía | Roxxanne | 0 | 4.762 | 01/13/2011 - 12:00 | Portuguese | |
Poesia/General | Oração a um Deus Anão | 0 | 6.867 | 01/13/2011 - 11:58 | Portuguese | |
Prosas/Saudade | O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas | 0 | 4.706 | 01/13/2011 - 11:57 | Portuguese | |
Poesia/General | O fim dos tempos | 0 | 5.504 | 01/13/2011 - 11:52 | Portuguese | |
Poesia/General | Terra á vista | 1 | 2.768 | 01/13/2011 - 02:13 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês | 0 | 10.602 | 01/13/2011 - 00:58 | Portuguese | |
Poesia/General | Não sei que vida a minha | 1 | 2.072 | 01/12/2011 - 22:04 | Portuguese | |
Poesia/General | o céu da boca | 0 | 5.027 | 01/12/2011 - 16:50 | Portuguese | |
Poesia/General | Dispenso-a | 0 | 2.674 | 01/12/2011 - 16:38 | Portuguese | |
Poesia/General | estranho | 0 | 5.032 | 01/12/2011 - 16:36 | Portuguese | |
Poesia/General | comun | 0 | 5.969 | 01/12/2011 - 16:34 | Portuguese | |
Poesia/General | desencantos | 0 | 2.583 | 01/12/2011 - 16:30 | Portuguese | |
Poesia/General | Solidão não se bebe | 1 | 3.604 | 01/12/2011 - 03:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Nem que | 3 | 3.389 | 01/11/2011 - 11:39 | Portuguese |
Comentarios
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Somos dois abismos sem
Somos dois abismos sem limite
Tendo um céu lá em cima servindo
De horizonte e de ilusão, eu e o desejo
Somos dois abismos sem
Somos dois abismos sem limite
Tendo um céu lá em cima servindo
De horizonte e de ilusão, eu e o desejo
Somos dois abismos sem
Somos dois abismos sem limite
Tendo um céu lá em cima servindo
De horizonte e de ilusão, eu e o desejo