SONETO DO FRANGO MORTO

Por destino eu não fui ao estrangeiro
Em viagens às vezes aos pedaços
Os insumos tornaram-se escassos
E a fome me preservou por inteiro

Diferente de ser cachorro ou gato
Eu fui apenas um frango sem nome
Serviria só pra matar a fome
Em simples ou sofisticado prato

Numa vala durmo o eterno sono
Junto aos meus irmãos eu paguei o preço
Depois da exploração e o opróbrio

Sem o poder de dar dinheiro ao dono
Por quem nem ser lembrado eu mereço
Hoje sou prato de verme e micróbio

Sérgio da Silva Teixeira
Bagé/RS.

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Martes, Mayo 29, 2018 - 17:29

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Sérgio Teixeira

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Isto é que é talento.

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Obrigado pelo incentivo amigo

Obrigado pelo incentivo amigo J. Thamiel. Bondade sua.

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