Troco de Vida
Nem sei por onde a vida vai.
Em que buraco cai.
E nem o que consigo carrega,
qual enchente
que liquidifica casa, bicho e gente.
Agora, tudo está junto
e já não se distingue qualquer assunto.
Manteiga de lama
na qual me besunto,
como se fosse
um molho agridoce.
Não há um preto escuro
é mais um cinza muro;
que de tudo me isola,
que por tudo me assola.
Do tempo, vasculho a sacola,
mas só resta um minuto de esmola.
Do que fui restam alguns alinhavos,
sobra de carinho e alguns centavos.
Bem pouco.
Só para o troco.
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Lunes, Agosto 24, 2009 - 12:56
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Comentarios
Re: Troco de Vida
Um resto de vida, um troco... mas, se é vida, é sempre uma possibilidade.
Gostei muito. Cumprimentos.
Isabor.
Re: Troco de Vida
gostei...
:-)