Não passo de um sonho vago, alheio
Não passo de um vago, vulgar desejo
Com a ideia de ser “de-verdade”
O ar que respiro, o luar e a luz sincera
Do dia, tudo o que sonho, tudo
O quanto eu seria se acordasse do
Aquando dormia um normal, leal sono
E a expressão doce de levar comigo
O que me trouxe-me seguindo, desejo
Toda uma realidade dobrada em dois
Que me mereça e não, não porque
Estou solicitando que esta me aconteça
De verdade e dum todo, perco-me
Num bocejo que me impede de agir,
Absolutamente sem vontade e dormir
Será morrer de qualquer maneira, Por
acordar sem vontade, objetivo
Ou facto que me trouxe, me seguindo
Agora pó, sombra que me transporta,
Fala do vento na copa do pinheiro,
Não passa de um vulgar bocejo,
Pela mão de quem me arrasta, já sou
O que nunca fui, serei semelhante
Ao céu e à terra, igual ao dia, ao sonho
Sem deixar de sê-lo, vulgar e belo,
À luz do dia, nada disso faz sentido,
Consciência será o não sentir, pensar,
Toda a ideia será verdade e o respirar
Inimigo, o ausente da vontade, o supor
Estar sem estar “de verdade” vivo,
Quando não passo de um vago, vulgar
Anseio que comigo tenho, sendo eu
Quem me transporta a algum lugar dúbio,
Em que tudo, nada tem de meu, a floresta
Que tomo por caminho, o que de mim
Sai e na alma se faz, o silencio a paz,
A luz calma e o meu destino que dança,
Passa estranha, alheio, estrangeiro…
Joel Matos (08 Dezembro 2020)
http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 4856 reads
Add comment
other contents of Joel
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Voltam não. | 0 | 2.331 | 02/05/2014 - 20:30 | Portuguese | |
Poesia/General | Talvez o sonho do mar seja o meu pensamento. | 0 | 3.200 | 02/04/2014 - 17:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Inda que longe pareça. | 0 | 3.999 | 02/01/2014 - 09:13 | Portuguese | |
Poesia/General | O dia em que decidi morrer. | 0 | 4.789 | 01/28/2014 - 18:18 | Portuguese | |
Poesia/General | Curtos dedos | 0 | 2.567 | 01/27/2014 - 18:58 | Portuguese | |
Poesia/General | Imprevisivel | 0 | 3.749 | 01/24/2014 - 10:03 | Portuguese | |
Poesia/General | Noção de tudo ser menor que nada | 0 | 2.857 | 01/23/2014 - 17:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Estátuas de cal-viva. | 0 | 2.830 | 01/21/2014 - 16:52 | Portuguese | |
Poesia/General | Poeta acerca | 0 | 2.982 | 01/14/2014 - 17:38 | Portuguese | |
Poesia/General | O ruído da rua... | 3 | 2.599 | 12/04/2013 - 21:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Como um pensamento que te s'crevo... | 0 | 2.869 | 11/22/2013 - 16:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Daqui até ao fim é um pulo | 0 | 2.469 | 11/20/2013 - 15:48 | Portuguese | |
Poesia/General | Às outras coisas que de mim conheço... | 0 | 2.916 | 11/20/2013 - 15:46 | Portuguese | |
Poesia/General | Nem os olhos m'alembram... | 3 | 3.837 | 11/19/2013 - 17:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Diáfana Profissão... | 0 | 5.852 | 11/19/2013 - 15:47 | Portuguese | |
Poesia/General | Não paro,não escolho e não leio... | 0 | 4.261 | 11/19/2013 - 15:46 | Portuguese | |
Prosas/Otros | O regressO | 0 | 3.584 | 11/18/2013 - 10:09 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Mad'In China... | 0 | 3.772 | 11/18/2013 - 10:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Lágrimas de Pedra... | 0 | 2.875 | 11/18/2013 - 10:06 | Portuguese | |
Poesia/General | Pleno de sonhos | 0 | 1.911 | 11/18/2013 - 10:04 | Portuguese | |
Poesia/General | Deus,que é feito de ti... | 0 | 2.475 | 11/18/2013 - 10:03 | Portuguese | |
Poesia/General | Sei que um demente não pode ser levado a sério... | 0 | 5.226 | 11/15/2013 - 15:51 | Portuguese | |
Poesia/General | A casa dos sonhos | 0 | 2.946 | 11/15/2013 - 15:50 | Portuguese | |
Poesia/General | E já nem certo estou do meu pensamento. | 0 | 3.429 | 11/15/2013 - 15:49 | Portuguese | |
Poesia/General | Como se fosse do céu... seu dono | 0 | 3.270 | 11/13/2013 - 12:23 | Portuguese |
Comentarios
obrigado pela leitura
obrigado pela leitura e pela partilha
obrigado pela leitura e pela partilha
obrigado pela leitura e pela partilha