Não passo de um sonho vago, alheio

Não passo de um vago, vulgar desejo
Com a ideia de ser “de-verdade”
O ar que respiro, o luar e a luz sincera
Do dia, tudo o que sonho, tudo

O quanto eu seria se acordasse do
Aquando dormia um normal, leal sono
E a expressão doce de levar comigo
O que me trouxe-me seguindo, desejo

Toda uma realidade dobrada em dois
Que me mereça e não, não porque
Estou solicitando que esta me aconteça
De verdade e dum todo, perco-me

Num bocejo que me impede de agir,
Absolutamente sem vontade e dormir
Será morrer de qualquer maneira, Por
acordar sem vontade, objetivo

Ou facto que me trouxe, me seguindo
Agora pó, sombra que me transporta,
Fala do vento na copa do pinheiro,
Não passa de um vulgar bocejo,

Pela mão de quem me arrasta, já sou
O que nunca fui, serei semelhante
Ao céu e à terra, igual ao dia, ao sonho
Sem deixar de sê-lo, vulgar e belo,

À luz do dia, nada disso faz sentido,
Consciência será o não sentir, pensar,
Toda a ideia será verdade e o respirar
Inimigo, o ausente da vontade, o supor

Estar sem estar “de verdade” vivo,
Quando não passo de um vago, vulgar
Anseio que comigo tenho, sendo eu
Quem me transporta a algum lugar dúbio,

Em que tudo, nada tem de meu, a floresta
Que tomo por caminho, o que de mim
Sai e na alma se faz, o silencio a paz,
A luz calma e o meu destino que dança,

Passa estranha, alheio, estrangeiro…

Joel Matos (08 Dezembro 2020)

http://joel-matos.blogspot.com

https://namastibet.wordpress.com

Submited by

Sábado, Enero 2, 2021 - 17:48

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 4 días 18 horas
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comentarios

Imagen de Joel

obrigado pela leitura

obrigado pela leitura e pela partilha

Imagen de Joel

obrigado pela leitura e pela partilha

obrigado pela leitura e pela partilha

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General farol 0 2.161 12/16/2010 - 22:55 Portuguese
Poesia/General Na Pressa de Chegar 0 3.078 12/16/2010 - 22:54 Portuguese
Poesia/General Frases Partidas 0 1.837 12/16/2010 - 22:53 Portuguese
Poesia/General No cair do Medo 0 1.667 12/16/2010 - 22:52 Portuguese
Poesia/General Falta de definição 0 925 12/16/2010 - 22:50 Portuguese
Poesia/Intervención Voto em Branco 0 1.226 12/16/2010 - 22:49 Portuguese
Poesia/General Quem Sonhou o Amor 0 1.694 12/16/2010 - 22:47 Portuguese
Poesia/General O fim dos tempos 0 1.389 12/16/2010 - 22:45 Portuguese
Poesia/General Cordéis ,Seis 0 1.428 12/16/2010 - 22:40 Portuguese
Poesia/General Palavras Meias 0 1.321 12/16/2010 - 22:30 Portuguese
Poesia/General Y GREGO 0 1.812 12/16/2010 - 22:28 Portuguese
Poesia/General Muda esperança 0 1.268 12/16/2010 - 22:27 Portuguese
Poesia/General Sou D'tod'o TaMaNhO 0 1.413 12/16/2010 - 22:25 Portuguese
Poesia/General Cabra Cega 0 1.313 12/16/2010 - 22:23 Portuguese
Poesia/General Fuga do dia 0 981 12/16/2010 - 22:21 Portuguese
Poesia/Fantasía 0 1.418 12/16/2010 - 22:20 Portuguese
Poesia/Dedicada Um pouco de Tu 0 1.179 12/16/2010 - 22:17 Portuguese
Poesia/Fantasía O Licórnio 0 1.445 12/16/2010 - 22:16 Portuguese
Poesia/General Cheiro a beijo 0 1.230 12/16/2010 - 22:12 Portuguese
Poesia/General Viagem sem retorno 0 844 12/16/2010 - 22:05 Portuguese
Poesia/General Pouco m'importa 0 1.438 12/16/2010 - 22:03 Portuguese
Poesia/Fantasía Navio fantasma 0 1.774 12/16/2010 - 22:00 Portuguese
Poesia/General Lilith 0 1.136 12/16/2010 - 21:59 Portuguese
Poesia/Intervención Canção do pão 0 1.600 12/16/2010 - 21:54 Portuguese
Poesia/General O último poema 0 775 12/16/2010 - 21:52 Portuguese