QUANDO SOAR A TROMBETA DO ANJO
Somente agora vos preocupais e lamentais, pobres humanos?
Lembra que teu narcisismo te fazia carregar o espelho na mão.
Tudo era tão belo, tão singelo, tão admirável de se contemplar.
Enquanto eras feliz, passaram-se os dias, os meses, os anos.
Parecia impossível a proximidade do fim. Todo aviso foi em vão.
Não crestes que este céu azul poderia despencar sobre o mar,
Tu não percebias a fragilidade da tua raça, do teu belo planeta.
Foste sábio rei onipotente dominando sobre todas as criaturas
e o tempo ia passando e achaste que tudo poderias conquistar.
Não acreditastes no aviso de que antes do fim soaria a trombeta.
E agora, volátil, inexistente, curtes arrependimentos, amarguras,
procurando o teu corpo integrado na natureza simbiótica do mar.
J. Thamiel
Guarulhos, 17.01.2021
10:32h
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Domingo, Enero 17, 2021 - 18:15
Poesia :
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Comentarios
QUANDO SOAR A TROMBETA DO ANJO
Este poema é uma fonte de reflexão, J. Thamiel e, por incrível que pareça, os pontos importantes nele abordados "dariam pano para muita manga".(No Brasil conhecerão este dito popular, certamente).
Há muitos anos que reflicto sobre o tema que abordou poeticamente, tema este que me seduz, mesmo não tendo nunca chegado a qualquer conclusão que me levasse a desviar a minha atenção da História que estudei, para enveredar por outras convicções.
Somos meras peças de um "jogo de xadrez". Movimentamo-nos sobre uma plataforma imaginária, muito delicada, a que chamo Universo. Temos sobre ela um bom número de "peões distraídos" que vivem no estado "ZEN". Será de esperar que se esse seu estado se mantiver, apareça um "cheque-mate" de qualquer ponto da plataforma, que surpreenderá até as peças mais seguras "do chão que pisam". Perdoe-me a divagação, amigo J. Thmiel.
Parabéns pelo seu poema.
Muito feliz eu fiquei com seu
Muito feliz eu fiquei com seu comentário.
Excelente
Meu nobre amigo. Fiquei deveras arrepiado com esse magistral texto. Faz-nos pensar seriamente na nossa vida. Abraços poéticos!!!
Na verdade antigamente eu
Na verdade antigamente eu escrevia
muita coisa assim e nem sabia o motivo.
Então, me chamavam de poeta louco.
Mas, depois lendo com atenção eu entendia
que era para mim desabafo e lenitivo,
e que loucura todos nós temos um pouco.
QUANDO SOAR A TROMBETA DO ANJO
Um poema para ler, reler e meditar, que a trombeta do anjo toca quando menos esperamos!
Gostei muito, poeta J. Thamiel.