QUEM SE ILUDE, ACEITA A DOR.

Sou um romântico da guerra.
Não sei contemplar a lua,
somente trincheiras e terra.

E, estou muito triste, enfim.
Sempre que vem o carteiro
ninguém se lembrou de mim.

Então fico em meu cantinho,
e a solidão e a saudade
as vou ruminando  sozinho.

Sinto muito a sua falta,
e me disseram que dormindo,
falo seu nome em voz alta.

Durmo com um olho aberto,
e mesmo longe e em silêncio
sinto você muito perto.

Meu foco é sempre o perigo,
e quem não sabe meu nome,
claro, é meu inimigo.

E se no furor da batalha,
um dia o inimigo atira
e a minha bela arma falha?

É como uma guerra o amor.
Me entreguei com toda a alma
me iludi, fiquei com a dor.

J. Thamiel
Guarulhos, SP - Brasil
18.01.2021
12:32h

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Lunes, Enero 18, 2021 - 21:17

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J. Thamiel

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QUEM SE ILUDE, ACEITA A DOR.

Respondendo à pergunta que faz, atrevo-me a dar o meu parecer. Creio ser uma característica do verdadeiro poeta, possuidor de uma imaginação com asas leves. Leva-se para onde deseja.

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Às vezes depois que escrevo,

Às vezes depois que escrevo, eu me pergunto:
- Será que fui eu quem escreveu?

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QUEM SE ILUDE, ACEITA A DOR

Sabemos que o poeta é, por natureza, nostálgico e é nesses momentos que nascem poemas capazes de despertar sentimentos nos outros. Este foi um desses momentos. Parabéns!

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Obrigado pela

Obrigado pela observação.
Aproveitando o momento, gostaria de
fazer uma pergunta:

Por que escrevo sobre coisas que
não fazem parte do meu universo, bem
como situações que acontecem em locais
que não conheço e aonde nunca estive?

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