Ruas, marmitas e jacarés

Eu caminhava sozinho pela escuridão das ruas desertas
Cercadas de matos e vultos da minha imaginação
Quando poderia ser apenas um saco plástico levado
Pelo vento frio da madrugada.
Eu tinha que caminhar
Precisa trabalhar para ajudar em casa
E agora já era um homem.
Com minha marmita de almoço via o sol sair no horizonte
Enquanto caminhava rumo a cooperativa de jacarés
Coocrijapan para ser mais exato.
Na minha trajetória daqueles anos 90
Podia sonhar com dias melhores
Que pudesse me aliviar do sofrimento
Das mordidas de jacarés e do mal cheiro
Que impregnava nas minhas narinas
E demorava dias para sair do corpo.
É sofrida a vida de uma pessoa no seu amadurecimento
E lembrar desses momentos é poder viver outra vez
Admirar a sorte de vencer na vida
Mesmo em meios as dificuldades.
Um jovem sonhador caminha apressado para o seu serviço
Limpar tanques de jacarés
Para ter o seu salário e poder ajudar a família
Melhor isso do que ser mais um vagabundo nas ruas.
A vida nos dá oportunidades para vencer
Mostra-nos possibilidades
E devemos nos agarrar a elas.
Os tanques de jacarés nem sei se existem mais
Mas o que aprendi na vida me sustenta até hoje
E as lembranças desses dias sombrios
São as alegrias das esperanças futuras.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Viernes, Julio 2, 2021 - 21:18

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 5 horas 5 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 18950

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Meditación A grandeza é solitária 7 147 05/13/2025 - 22:45 Portuguese
Poesia/Pensamientos Não se programa o espírito humano 7 256 05/12/2025 - 20:11 Portuguese
Poesia/Meditación Na noite absoluta 7 313 05/11/2025 - 19:37 Portuguese
Poesia/Pensamientos Por aqui 7 365 05/10/2025 - 21:59 Portuguese
Poesia/Desilusión O rosto nu do coração 7 197 05/10/2025 - 14:55 Portuguese
Poesia/Meditación Dor sem palavras 7 198 05/09/2025 - 23:00 Portuguese
Poesia/Meditación O que buscas? 7 416 05/09/2025 - 01:15 Portuguese
Poesia/Meditación O último suspiro 7 233 05/06/2025 - 20:01 Portuguese
Poesia/Pensamientos Viver é mais que existir 7 324 05/05/2025 - 19:09 Portuguese
Poesia/Desilusión Saudade, ciúme e desespero 7 359 05/05/2025 - 03:45 Portuguese
Poesia/Desilusión Febre mansa 7 413 05/04/2025 - 14:00 Portuguese
Poesia/Desilusión Esperança e vontade 7 230 05/03/2025 - 13:56 Portuguese
Poesia/Intervención O que realmente importa? 7 1.717 05/02/2025 - 14:31 Portuguese
Poesia/Pensamientos O tempo é espelho 7 554 05/01/2025 - 13:33 Portuguese
Poesia/Amor Não é rebeldia 7 253 04/30/2025 - 21:13 Portuguese
Poesia/Amor Quando amar é um crime 7 486 04/29/2025 - 20:19 Portuguese
Poesia/Meditación O outro lado da História 7 482 04/28/2025 - 20:57 Portuguese
Poesia/Pensamientos A memória do meu futuro 7 777 04/27/2025 - 14:40 Portuguese
Poesia/Amor Alguns encontros 7 669 04/27/2025 - 03:36 Portuguese
Poesia/Desilusión Te amar me pesa 7 509 04/26/2025 - 02:32 Portuguese
Poesia/Intervención A geração ansiosa 7 266 04/24/2025 - 22:31 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte III - (O Que Veio Depois) 7 463 04/23/2025 - 20:16 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte II - (A Ruptura) 7 529 04/22/2025 - 21:17 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte I - (A Rotina) 7 327 04/21/2025 - 17:35 Portuguese
Poesia/Pensamientos Os caminhos da razão 7 605 04/20/2025 - 23:11 Portuguese