Fria era a compaixão que podia esperar

Nem um sorriso mesmo que disfarçado
Nem o olhar ameaçador
Tudo havia sido desfeito com o tempo
As promessas varridas para longe
E apenas a solidão podia ser sentida.

O tempo havia passado muito depressa
Os sonhos transformados em pesadelos
E ninguém parecia importar
Quando os sentimentos afloravam da alma
E escorria em lágrimas escondidas.

O amor que parecia tão verdadeiro
Não passara de uma falsa sensação
A saudade agora era tão presente
Que arrebentava o triste coração em pedaços
Como se fora apenas algo sem valor.

Por mais que desejasse ser lembrado
Fria era a compaixão que podia esperar
De alguém que já não tinha sentimento
De alguém que caminhava em sentido oposto
Para uma nova e incerta jornada.

O que resta ao coração dilacerado
É olhar para o horizonte e desejar
Que o tempo possa ser ser amigo e apagar
Toda dor que hoje estraçalha sua vida
Para que tenha o alento de uma nova esperança.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Sábado, Enero 14, 2023 - 11:41

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