Eu falo de um lugar qualquer

Quando acordei pela manhã
Percebi que o tempo que passou
Não volta nunca mais
Tempo perdido que se foi
E a vida continua a existir
Me mostrando que não para por ninguém.

Eu procuro tateando pelo ar
O que não vejo na escuridão
Busco respostas para perguntas intrigantes
Que perpassam minha inquieta mente
Sem saber que cada resposta
Apresenta-me outras mil perguntas.

Deixo o tempo passar então
E espero ver o que se apresentará
Na próxima curva do caminho
O bom da vida são os mistérios
Os enigmas que intrigam nossa mente
E, se não fosse assim, nada teria sentido.

Eu falo de um lugar qualquer
De onde os elefantes voadores não estão
Nem borboletas podem voar
Apenas o pensamento contará as nuvens
Além das altas montanhas voará
Na busca de novos horizontes escondidos.

Sou fruto de meu próprio tempo
E não posso romper as grossas correntes
Os fortes grilhões do sistema
Que prendem a grande maioria dos mortais
Fazendo deles marionetes nas sarjetas
E espantalhos de lavouras ameaçadas.

Quero me guiar apenas pelo silêncio
Esconder-me em um canto qualquer
Porque as coisas dificilmente mudarão
Se ninguém está disposto a dar ouvidos
Aos clamores de gente miúda
Na sociedade que tanto cobra moralidade.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Lunes, Febrero 27, 2023 - 10:51

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 4 horas 46 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 17762

Comentarios

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Amor Me veste de amor 6 362 12/13/2024 - 12:16 Portuguese
Poesia/Intervención Discurso ao penhasco 6 638 12/12/2024 - 11:30 Portuguese
Poesia/Pensamientos Um breve hiato 6 1.276 12/11/2024 - 21:26 Portuguese
Poesia/Meditación Tudo é tão estranho 6 381 12/09/2024 - 15:25 Portuguese
Poesia/Intervención Alienados no teatro digital 6 658 12/08/2024 - 18:22 Portuguese
Poesia/Desilusión A sabedoria da ilusão 6 559 12/07/2024 - 12:04 Portuguese
Poesia/Meditación O homem esquecido 6 599 12/01/2024 - 14:09 Portuguese
Poesia/Meditación Cinismo 6 772 11/28/2024 - 18:47 Portuguese
Poesia/Pensamientos Caminhos não percorridos 6 1.552 11/26/2024 - 18:47 Portuguese
Poesia/Amor Amor que não se apaga 6 448 11/23/2024 - 12:32 Portuguese
Poesia/Meditación Travessia silenciosa 6 465 11/20/2024 - 12:27 Portuguese
Poesia/Meditación Nos olhos do poeta 6 625 11/17/2024 - 12:47 Portuguese
Poesia/Pensamientos A jornada do herói 6 1.287 11/16/2024 - 14:19 Portuguese
Poesia/Amor Cada minuto 6 534 11/11/2024 - 23:51 Portuguese
Poesia/Tristeza Solidão em dias comuns 6 304 11/09/2024 - 03:13 Portuguese
Poesia/Intervención Nem tudo pode ser esquecido 6 559 11/05/2024 - 23:40 Portuguese
Poesia/Pensamientos De que lado você está? 6 1.493 11/02/2024 - 12:29 Portuguese
Poesia/Pasión Doce é imaginar tua boca 6 529 10/30/2024 - 19:59 Portuguese
Poesia/Pensamientos Labirintos oníricos 6 1.440 10/26/2024 - 13:31 Portuguese
Poesia/Fantasía Lembra dos tempos passados? 6 845 10/25/2024 - 23:34 Portuguese
Poesia/Amor Se meu coração pudesse falar 6 592 10/22/2024 - 20:41 Portuguese
Poesia/Pensamientos O peso imenso das ilusões 6 1.676 10/19/2024 - 12:29 Portuguese
Poesia/Desilusión Perder-te 6 1.045 10/18/2024 - 19:02 Portuguese
Poesia/Amor Além da conquista 6 387 10/16/2024 - 23:34 Portuguese
Poesia/Dedicada Professor(a) - Homenagem aos mestres! 6 688 10/14/2024 - 20:12 Portuguese