Ainda nem falei dos monstros

Fiz-me de surdo porque não quis ouvir
Não me importava a canção dos tolos
Falácias do tempo presente
Presente nas rodas de conversas
E mensagens compartilhadas sem análise.

Sou a mosca que perturba
O sapato que não serve no pé
O grito dos desesperados que ninguém ouve
Mas não posso desistir da vida
De expor as feridas abertas na sociedade.

Alguns já pegaram em pedras
Estão com vontade apedrejar-me
E o farão na primeira oportunidade
O que não sabem é que não podem apagar
A mensagem que martela em suas mentes.

Ainda nem falei dos monstros
Escondidos nos quartos desertos
Ameaçando os cérebros infantis
Porque dos adultos já foram corrompidos
E não se acha uma viva alma inocente.

Também não esclareci a mensagem
Aquela que fala do pecado original
Que revela os mais sórdidos pensamentos
De quem lutou uma vida toda para afastá-los
E nunca conseguiu dormir tranquilo.

No fundo tudo parece mesmo
Uma viagem sem fim ao desconhecido
Uma jornada para o infinito
Onde ninguém sabe o que acontece
Apesar de acreditarem que tiveram a revelação.

Fiz-me de surdo e não adiantou
Terminei por ouvir as reclamações
Os lamentos de tolos indecisos
Que enganaram milhares de inocentes
E os deixaram espalhados pelo caminho.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Siga-nos @poetacacerense

Submited by

Sábado, Abril 29, 2023 - 10:54

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 10 horas 22 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 17762

Comentarios

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Dedicada Majestoso Rio Paraguai 7 212 02/07/2025 - 21:43 Portuguese
Poesia/Meditación Pesadelos provocados 7 206 02/06/2025 - 22:46 Portuguese
Poesia/Meditación Seu coração sabe 7 187 02/05/2025 - 19:47 Portuguese
Poesia/Pasión Veneno sagrado 7 261 02/05/2025 - 01:59 Portuguese
Poesia/Desilusión Tudo se foi para sempre 7 364 02/03/2025 - 22:37 Portuguese
Poesia/Pasión Ah se eu soubesse escrever 7 471 02/02/2025 - 12:27 Portuguese
Poesia/Pensamientos O diário da juventude 7 411 02/01/2025 - 12:56 Portuguese
Poesia/Desilusión Tarde cinzenta 7 527 01/31/2025 - 20:58 Portuguese
Poesia/Meditación História vibrante 7 187 01/30/2025 - 19:27 Portuguese
Poesia/Desilusión Se um dia eu voltar 7 569 01/29/2025 - 20:09 Portuguese
Poesia/Amor Já não sei o que fazer 7 340 01/28/2025 - 17:53 Portuguese
Poesia/Amor Esperança de amor 7 252 01/27/2025 - 18:00 Portuguese
Poesia/Pensamientos Viajantes e peregrinos 7 1.065 01/26/2025 - 12:43 Portuguese
Poesia/Meditación Agradeça 7 216 01/25/2025 - 20:00 Portuguese
Poesia/Meditación Sua paz vale mais que sua pressa 7 880 01/24/2025 - 16:30 Portuguese
Poesia/Amor Lugar seguro 7 740 01/23/2025 - 12:53 Portuguese
Poesia/Canción Mantenha o ritmo 7 740 01/22/2025 - 19:17 Portuguese
Poesia/Meditación Tolo 7 884 01/21/2025 - 17:36 Portuguese
Poesia/Amor Imperceptível 7 259 01/20/2025 - 17:49 Portuguese
Poesia/Desilusión O peso do adeus 7 678 01/19/2025 - 13:40 Portuguese
Poesia/Pensamientos Estranhas divagações 7 843 01/18/2025 - 13:23 Portuguese
Poesia/Intervención Peões de um jogo calculado 7 285 01/17/2025 - 18:08 Portuguese
Poesia/Intervención Falta de caráter 7 293 01/16/2025 - 12:31 Portuguese
Poesia/Intervención Acerto de contas 7 1.247 01/15/2025 - 12:56 Portuguese
Poesia/Desilusión Direção oposta 7 280 01/14/2025 - 13:52 Portuguese