Exílio

No lugar distante, sob a sombra da queda,
Ecoa a voz do estrangeiro que vela.
Trouxe consigo a peste e o medo,
Um estado de sítio no silêncio mais cedo.

Solidão é sua companheira fiel,
O exílio pinta o horizonte de fel.
O vento carrega lamentos sombrios,
Nas ruas desertas, só ecos vazios.

O que foi um dia um lar de magia,
Agora é palco de melancolia.
Os muros do lugar, outrora altaneiros,
Caem sob o peso de tempos traiçoeiros.

Mas no peito do estrangeiro há chama,
Um lume que insiste, que clama e inflama.
Do caos renasce a força contida,
E da queda, o impulso que salva a vida.

Pois mesmo na peste, na solidão,
Há sementes de esperança no chão.
E o lugar que dorme, um dia desperta,
Com a alma ferida, mas a fé sempre alerta.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Viernes, Enero 3, 2025 - 17:53

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