Viajantes e peregrinos

Uma lívida paranoia flutua no ar esses dias
Figuras desconhecidas perambulam pela cidade
Um gosto amargo desce pela garganta
E não temos noção alguma
Do que pode acontecer
Todas as coisas parecem estar fora de lugar.

Quem são os detetives e quem são os ratos?
Os que vivem escondidos nas sombras
Perscrutando pelos becos cheios de lixo
Parecem buscar alguma coisa
Algo que se perdeu no tempo
E ninguém consegue enxergar a verdade.

Nós podemos ser um caminho em movimento
Uma estrada onde caminha os peregrinos
Que destoam radicalmente de sua fé
Pois a fé está dentro da extinção das crenças
Porque nesse ambiente lúgubre
O Deus morre se não souber dançar.

Será que os animais são sozinhos
Ou apenas os ouvintes de algum tolo que grita?
Perguntas quase sempre não trazem respostas
E caminhamos quase sempre na escuridão
Como viajantes perdidos
Em territórios inóspitos e cheio de terrores.

As palavras morrem por elas mesmas
Sempre que alguém fala uma besteira
E existe uma violência de se estar perdido
Correndo o risco iminente do exílio
Apenas as longas conversas em monólogos
Não serão suficientes para mudar esse cenário.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Domingo, Enero 26, 2025 - 12:36

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