araneomorphae vulcanus
esvai o perfume nas veias
tutanas ao gládio trespassado
exalei as índoles
desagregados em depositados
e
o rubor britado que se lascava
em caudal de fendas
enxurrou-me de sumos florais
aprofundei-me
a coalescência abismava
erguida pelas raízes intravenosas
bastidores do cósmico
e
aracnídeos pendiam estrelares
iluminavam-me de negrumes
teias de sombras que salpicavam
onduladas na cascata gemida ao silêncio
impérvio sentido sentido
o espúmeo coagulava graníticos
venéreos de indómitos excídios
pulsadas ondas ao arenoso
tatuadas no osso
bruniam-me ao ímpeto
e
vulcanizavam-se tegumentos do cartilagíneo
sangues de rochedo colérico
adjudiquei-me ao magma
o manar pulverizava-se ramificado
vulcanizei-me araneídeo
© Bruno Miguel Resende
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Jueves, Octubre 8, 2009 - 06:53
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Re: araneomorphae vulcanus
"aprofundei-me
a coalescência abismava
erguida pelas raízes intravenosas
bastidores do cósmico
e
aracnídeos pendiam estrelares
iluminavam-me de negrumes
teias de sombras que salpicavam
onduladas na cascata gemida ao silêncio"
Aprofundadando a tua escrita leva-nos por meandros da vida já gasta em turbilhões de lavas incandescentes
Gostei muito
Parabéns sinceros
Matilde D´Ônix
Re: araneomorphae vulcanus
Obrigado pelo comentário Matilde, o arcano aprofunda a meu ver, e os mais devastadores turbilhões são invisíveis.
Abraço!
Re: araneomorphae vulcanus
BMResende!
araneomorphae vulcanus
lindíssimo seu poema, meus parabéns!
MarneDulinski
Re: araneomorphae vulcanus
Obrigado pelo comentário MarneDulinski.
Abraço!