Costumes

*Os costumes não são inocentes ...
e por isso acuam todas as gentes.
Vivemos por costume
e se queixamos algum queixume
logo se presume
que o acontecido ato
estava embutido em nosso Contrato.

Herdamos a Grega Tragédia,
queremos o anônimato da média,
pois o destaque, embora querido,
assusta-nos como pudor desaparecido.

O quê nos fez assim?
Repetentes de (in) sinceros sim.
Seguimos moda,
posto que o quê nos incomoda
não é sermos o Rebanho,
mas irmos para um matadouro estranho.

Amedronta-nos o Eu.
O nosso Eu.
Que nos foge no espelho
e se esconde vexado em vermelho.
Tememos o ajuste
onde não nos servirá qualquer embuste,
pois a nossa Verdade
está entre o que queremos
e o que fazemos.

E esse hiato não nos parecia parte do Trato.
Vivemos o que pudemos.
Muito pouco, se comparado
com o aquilo que nos estaria reservado.

O que fizemos dos nossos Sonhos?
Em qual Banco os empenhamos?
Com qual agiota os deixamos?
O que fizemos no Passado?
O que se tenta no Presente?

* Os costumes não são inocentes ....

* frase proferida pelo Antropólogo Roberto da Mata

Submited by

Miércoles, Noviembre 18, 2009 - 13:44

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 4 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Comentarios

Imagen de cecilia

Re: Costumes

Meu querido amigo Fabio,

Eis que teu poema leva-nos a uma auto avaliação, quem somos? o que fazemos? o que fizemos? estamos sendo boas pessoas? como interferimos nas vidas dos demais?
Um excelente poema de reflexão.
Gostei por demais.
Bjs
Ce.

Imagen de MarneDulinski

Re: Costumes

BELÍSSIMO POEMA!
gostei imenso!
MarneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Tristeza A Maria do Crack 0 2.269 07/22/2014 - 14:48 Portuguese
Poesia/Amor Quadrantes 0 1.128 07/21/2014 - 14:15 Portuguese
Poesia/Amor Tudo 0 774 07/20/2014 - 01:11 Portuguese
Prosas/Otros Spinoza e o Panteísmo - Parte I 0 959 07/19/2014 - 16:10 Portuguese
Prosas/Contos Rubenito Descartes 0 3.132 07/18/2014 - 22:45 Portuguese
Poesia/Amor Aconteceu 0 1.939 07/18/2014 - 16:19 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XIV - Considerações Finais 0 4.907 07/17/2014 - 15:22 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XIII - A Sobrevida da Espécie 0 1.958 07/16/2014 - 15:15 Portuguese
Poesia/Tristeza Lamento 0 1.158 07/15/2014 - 14:00 Portuguese
Prosas/Otros Com mais amor. Com mais orgulho. 0 1.845 07/14/2014 - 22:44 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XII - O Extase Religioso 0 4.594 07/14/2014 - 14:44 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte XI - A Arte 0 1.506 07/11/2014 - 15:15 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte X - O individuo genial. 0 2.568 07/09/2014 - 15:23 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte IX - A Sabedoria da Vida 0 3.110 07/07/2014 - 15:11 Portuguese
Poesia/Dedicada Com muito orgulho e com muito amor 0 839 07/06/2014 - 15:51 Portuguese
Poesia/Amor Prenúncio 0 727 07/04/2014 - 15:16 Portuguese
Poesia/Tristeza Elos 0 1.349 07/01/2014 - 14:42 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - O Suicidio - Parte VIII 0 4.323 06/30/2014 - 20:53 Portuguese
Poesia/Amor Sophie 0 1.132 06/29/2014 - 17:15 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte VII 0 1.540 06/29/2014 - 14:59 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte VI 0 1.838 06/27/2014 - 20:57 Portuguese
Poesia/Amor A canção de Saigon 0 1.742 06/25/2014 - 15:56 Portuguese
Poesia/General Cantares 1 1.405 06/24/2014 - 18:56 Portuguese
Poesia/Amor A Estrela da Noite Fria 0 1.508 06/22/2014 - 15:17 Portuguese
Poesia/Amor A Volta 0 1.181 06/20/2014 - 15:15 Portuguese