Poemas-janelas

Vago...

...Abrindo janelas,
Revelando anseios cansados
E quase caducas intenções...

...A luz que extravasa por estas janelas,
Não consigo conter...

...Estes momentos de clarão
São soluços provocados por indigestão
De sentimentos,
De emoções...

...Outras vezes, são arrotos
Fétidos,
Grosseiros,
Resultantes de cólicas emocionais...

...Mas são janelas
Que abro alucinadamente
Quando psicografo
O que os fantasmas vomitam:
Fantasma-loucura,
Fantasma-saudade,
Fantasma-esperança,
Fantasma-solidão,
Fantasma-amor...

...São janelas
Que deixam esta casa-corpo arejada,
Com vontade de luz...

...E a cada soluço,
A cada arroto,
Sinto-me mais farta de viver...