Escarlate
Rio vermelho,
correndo de pressa.
Quem conversa sozinho,
conversa com pedra.
Chuva de fogo,
das nuvens cinzas;
queimando ao redor do mundo,
devastando abrem feridas.
Responde-me pedra?
A qual converso.
Que beleza tem pra ti,
meus vermelhos versos?
_Nem a chuva me queima,
nem o rio me devasta.
O tempo não consome,
a pedra que vos fala.
Estive a ouvir,
milhões antes de você.
Todos se foram,
consumidos pela terra;
cobertos com poeira vermelha,
misturada a pedras grandes e pequenas.
Já vi cometa cair do céu.
Fatos marcantes e outros irrelevantes;
mas nada comparado ao seu,
de causa pequena e ignorante.
Diga os teus sentimentos,
a quem de fato te interessa.
Se eu não tenho boca,
quanto menos ouvido.
Não ouso seus apelos,
nem mesmo com um forte grito.
Pedra mal educada,
zombas de mim,
antes estar calada.
Seu coração é duro,
mas verdadeiro.
Enquanto converso contigo,
meus sentimentos tornam-se segredos.
Ouvirei o seu conselho,
que faz parte do meu transtorno.
Nas horas em que busco uma saída,
pergunto-me ao meu eu:
“As mesmas perguntas repentinas”.
Se eu converso com pedra?
Também ando sobre brasas.
Coragem não me falta.
Iniciativa nos dá asas.
Preocupando-me de mais,
vou tornando-me cego.
Um vulto escuro,
sozinho e sem conselho,
parado no tempo,
diante de um espelho negro.
Sentimentos em conflitos.
O que dizer para quem se ama?
Melhor se declarar para saber,
que no pior das circunstâncias,
“pedras também afundam na lama”.
Autor: Pessoas Boas
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Rio vermelho,
correndo de pressa.
Quem conversa sozinho,
conversa com pedra.
Chuva de fogo,
das nuvens cinzas;
queimando ao redor do mundo,
devastando abrem feridas.
Responde-me pedra?
A qual converso.
Que beleza tem pra ti,
meus vermelhos versos?
_Nem a chuva me queima,
nem o rio me devasta.
O tempo não consome,
a pedra que vos fala.
Estive a ouvir,
milhões antes de você.
Todos se foram,
consumidos pela terra;
cobertos com poeira vermelha,
misturada a pedras grandes e pequenas.
Já vi cometa cair do céu.
Fatos marcantes e outros irrelevantes;
mas nada comparado ao seu,
de causa pequena e ignorante.
Diga os teus sentimentos,
a quem de fato te interessa.
Se eu não tenho boca,
quanto menos ouvido.
Não ouso seus apelos,
nem mesmo com um forte grito.
Pedra mal educada,
zombas de mim,
antes estar calada.
Seu coração é duro,
mas verdadeiro.
Enquanto converso contigo,
meus sentimentos tornam-se segredos.
Ouvirei o seu conselho,
que faz parte do meu transtorno.
Nas horas em que busco uma saída,
pergunto-me ao meu eu:
“As mesmas perguntas repentinas”.
Se eu converso com pedra?
Também ando sobre brasas.
Coragem não me falta.
Iniciativa nos dá asas.
Preocupando-me de mais,
vou tornando-me cego.
Um vulto escuro,
sozinho e sem conselho,
parado no tempo,
diante de um espelho negro.
Sentimentos em conflitos.
O que dizer para quem se ama?
Melhor se declarar para saber,
que no pior das circunstâncias,
“pedras também afundam na lama”.
Autor: Pessoas Boas
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Comentarios
Re: Escarlate
Parabéns pelo lindo poema.
Gostei.
Um abraço,
REF
Re: Escarlate
Sentimentos em conflitos.
O que dizer para quem se ama?
Melhor se declarar para saber,
que no pior das circunstâncias,
“pedras também afundam na lama”.
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO, FELIZ ANO NOVO!
Marne