A Noite dos Tempos

A noite dos tempos
Ouço os mensageiros
O que era a noite sem dia?
Uma mentira por decifrar,
Um avião sem piloto
De cor azul
Diziam que se confundia
Com a aurora do crepúsculo
Tínhamos medo, de manhã,
Quando acordávamos
E bebíamos o leite sagrado
Da Deusa bela.
A profecia dizia algo,
Acredito que eram mentiras
Tão reais que eram tidas
Como a Verdade suprema.

Onde está o ponto de referência?
Referes o núcleo, alguma conexão?
O destino era um eco
A vida dividia-se por várias étapas definidas,
Persiste ainda hoje o desejo,
A crença nos rituais arcaícos.

O meu ponto de referência
são todos os momentos
(A mionha curta vida)
Em que soam na minha alma
Os ecos etéreos,
Reflexos de vidas anteriores
Em que conhecia a beleza
E que procuro, desesperadamente,
Voltar a viver, sem os (me) encontrar,
À procura da noite sem dia.

Submited by

Domingo, Enero 10, 2010 - 14:33

Poesia :

Sin votos aún

alvarofontes

Imagen de alvarofontes
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 13 años 49 semanas
Integró: 01/09/2010
Posts:
Points: 288

Comentarios

Imagen de Belinha

Re: A Noite dos Tempos

O meu ponto de referência
são todos os momentos
(A mionha curta vida)
Em que soam na minha alma
Os ecos etéreos,
Reflexos de vidas anteriores
Em que conhecia a beleza
E que procuro, desesperadamente,
Voltar a viver, sem os (me) encontrar,
À procura da noite sem dia.

Lindíssimo!!!

Belinha

Imagen de cecilia

Re: A Noite dos Tempos

Alvaro,

Os tempos modernos assustam, nada tem o seu ponto de partida, juventude jogada a deriva.
Saudades dos tempos antigos.

Belo poema
Cecilia Iacona

Imagen de MarneDulinski

Re: A Noite dos Tempos

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO, MEUS PARABÉNS!
Um abraço,
Marne

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of alvarofontes

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Fotos/Perfil 2726 0 1.832 11/24/2010 - 00:51 Portuguese
Ministério da Poesia/Amor Cascata virginal 0 2.131 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Telefone azul 0 1.962 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Mulheres nuas 0 2.104 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Rapariga da cidade 0 2.097 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Oração esquecida 0 2.385 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Pedra tumular 0 2.350 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Jazo em mim 0 2.569 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Dunas de areia 0 2.043 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Figuras de estilo & de vida 0 2.248 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Abraçar outro corpo 0 2.025 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Heranças de amor 0 1.971 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Cor de luto 0 2.435 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Alma moderna 0 2.047 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General A minha vida 0 2.120 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Monolito 0 2.402 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Escritor espacial 0 2.233 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Louco entranho 0 1.864 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General A caminho de Sintra 0 2.183 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Traços melancólicos 0 1.817 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Versos de Andrade 0 1.807 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Escolha dupla 0 2.400 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Lady Chatterley 0 2.064 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Auto-entrevista (cadavre exquis poético) 0 1.739 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Aviso final 0 2.250 11/19/2010 - 19:19 Portuguese