Visões das Cores
Visões das Cores
Dar-te-ei os meus olhos para não enxergares
Dar-te-ei minhas mãos para não afagares
Dar-te-ei os meus vícios para enfim sepultá-los
Dar-te-ei os meus lírios para não cultivá-los
Dar-te-ei o meu sangue para a terra adubares
Dar-te-ei os meus sonhos para não realizá-los
Dar-te-ei os meus mares para não navegares
Dar-te-ei os meus peixes para não degustares
Dar-te-ei minha lenha para não abrasá-las
Dar-te-ei meus jardins para não passeares
Dar-te-ei os meus lagos para não afogares
Dar-te-ei os meus pães para não abarcá-los
Dar-te-ei o direito das cores visionárias
Dar-te-ei o direito das rosas apalpares
Dar-te-ei o direito das cores enxergares
Ah, como é difícil dar o que não tem a quem tem a visão das cores...
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Domingo, Enero 24, 2010 - 20:00
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Comentarios
Re: Visões das Cores
Um lindo e sensível poema.
Gostei muito.
Um abraço,
REF
Re: Visões das Cores
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne