Cenas do Cotidiano

Pouco se repete
nessa ceia que a miséria reflete.
Quase nada se saboreia
nessas vidas de "parede-a-meia".

Cena no Cortiço:
pontual como relógio suíço
e hostil como pele de ouriço.

"Dura Lex"!
Vociferam do "duplex".
Maldita corja de vagabundo,
que só põe cria no mundo!
Assim resmunga o nano mano
do "Coroné" fulano.

E "La nave" vai.
É o terror que nada distrai
e que o Sociólogo não abstrai.
Cenas do cotidiano,
que salvo engano,
custa os "Impostos"
do gordo agiota
idiota.
Custa o dinheiro
do Lúnpem herdeiro.

Cenas do Cotidiano,
ano após ano:
Burgueses irados,
Pobres favelados
e Avestruzes de pescoços enterrados.

Para Thyago, que me compensa do Cotidiano.

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Martes, Enero 26, 2010 - 20:55

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fabiovillela

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Comentarios

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Re: Cenas do Cotidiano

Fabio, pena essas cenas do cotidiano seres desa maneira, mas infelizmente o capitalismo nos mata sem dó nem piedade!! Belo poema social. Abrasss.

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Re: Cenas do Cotidiano

Descreveste a realidade nua e crua das diferenças sociais, muito bom. Abraços

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Re: Cenas do Cotidiano

Fabiovillela!
Estas irado hoje, sinto falta dos teus doce Poemas, peguei quatro Poemas anteriores cheio de dores e desânimos, mas não é o seu caso, gostei de cenas do Cotidiano!
Um abraço,
Marne

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