Não sei se existe poesia
Não sei se existe poesia
Abordou-me na porta da universidade
Desejava uma informação
Disse-me que seu irmão havia sido assassinado
E que o assassino era um policial
Aproximou-se como se fôssemos amigos
Nos conhecêssemos de longas datas
Falou-me que o irmão era inocente
Que caiu junto da namorada no tiroteio
Tinha jeito de gente de minha terra
Um jeito ingênuo ou ignorante como preferem alguns
Disse-me que mandaria o corpo para nossa terra
Em seguida chamou dois companheiros e se foi
Tive tempo de dizer: “meus sentimentos!”
Tive tempo de refletir sobre o acontecimento
Tive tempo para repudiar e de me constranger
Tive tempo para lembrar de um colega: envergonhei-me!
Quando temos colegas que exerce certa profissão
E aprendemos a amá-lo na convivência diária
Nos envergonhamos de associá-lo a certo acontecimento
Foi mais que vergonha: foi uma dor imediata e ilógica
Vacilei! É difícil compartilhar dos dois lados
Vacilei! É difícil compreender mos dois lados
Vacilei! É difícil não saber as verdades dos lados
Vacilei! Acreditei que estava fazendo poesia
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Comentarios
Re: Não sei se existe poesia
LINDO TEXTO!
Meus parabéns,
Marne