Vã permanencia

Não tenho nas contas de meus cadernos
Rasuras tórridas de cartas
Àquelas que porventura gozam a felicidade
Dos bons passeios numa tarde

Ora, o desejo implora
Ao mentiroso santo por um momento
Enquanto os punhos escorrem versos
Em alegria, falso momento

Momento... Ah! Que sem este eu vivo!
Tento encontrá-lo como a uma dama
Livre a aceitar uma curta dança

No sereno passo eu me vejo
Como nos reflexos sobre solidão
Ensimesmado, tanto que amado!
Canto aos meus ouvidos aquela canção

Para que o ar fique preso em mim
Num golpe incomum de guardar a vida
Eu resguardo os prantos como sendo meus
E libero as plantas para prosseguirem

Vou indeciso
Meus pés quase sabem onde ir
Congruentes ao meu saber que, nem é
O bastante para acalmar-me

Sou tempo, temporário. Sou
Dinâmico, calórico. Envelheço
No entanto dói... Dói empunhar meus manuscritos
E perceber que estes permanecerão.

Leio-me e desconsidero o que leio Mas gosto do que escrevo.

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Lunes, Febrero 1, 2010 - 01:05

Poesia :

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robsondesouza

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Comentarios

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Re: Vã permanencia

Gostei, muito, do seu poema.
Gostei, de verdade.
:-)

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Re: Vã permanencia

UM BELO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne

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